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Tudo sobre: Abscesso da raiz dentária

Introdução

Basicamente, o dente é formado pela coroa, a parte visível, dura e impermeável, e pela raiz, que o ancora no osso, a qual é composta pela polpa, com tecido mole, vasos e nervos. 

Quando ocorre uma lesão, a raiz pode levar ao desenvolvimento de infecções e abcessos uni ou bilaterais, muito comum em cães e gatos, sendo o quarto pré-molar superior o mais susceptível nos cães, também conhecido como “dente carniceiro”, levando a uma fístula infraorbitária (região facial abaixo dos olhos) ou do “carniceiro”. 

Em felinos, geralmente a lesão ocorre nos dentes caninos, não sendo comum a fístula infraorbitária e o aumento de volume é devido a uma alteração no saco da conjuntiva. 

Não há informações na literatura sobre a existência de predisposição etária, sexual e racial.

Possíveis causas: traumatismos e fratura dentária; doenças periodontais avançadas; excessivo desgaste dentário; neoplasias; manobras iatrogênica (em procedimentos odontológicos pode ocorrer acidentalmente lesões na raiz devido ao calor intenso ou pela manipulação exagerada); lesões em torno do ápice do dente.

São fatores que levam à inflamação e possibilidade de necrose da polpa dentária que podem progredir para o aparecimento de um abscesso devido ao acúmulo de bactérias após exposição. Em casos mais sérios, esse acúmulo pode fistular, ou seja, formar uma comunicação, com a cavidade oral e a pele em região infraorbitária, levando à drenagem da secreção inflamatória e purulenta.

A fístula pode demorar para se formar, estendendo-se até por meses ou anos após o surgimento de um abscesso crônico.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

- Aumento de volume facial de aspecto e consistência variáveis.

- Dor na região

- Fistulas na pele com a presença de secreção (purulenta e/ ou piosanguinolenta)

- Hiporexia ou anorexia

- Esfregar a pata na região e/ ou o focinho no chão

- Sialorreia 

- Dificuldade de apreensão do alimento

- Doença periodontal

- Pirexia

- Fratura da coroa dentária

- Escurecimento dos dentes

- Retração e hiperemia gengival 

- Exposição da furca dental

- Mobilidade dentária 

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos e avaliação da região facial e cavidade oral, se houver necessidade para realizar a inspeção da cavidade oral, submeter o paciente a sedação ou anestesia.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

- Exame termográfico, pode indicar a existência do abscesso, sendo uma excelente opção para triagem.

- Radiografia intra-oral, é o exame confirmatório para o diagnóstico de um abscesso da raiz dentária.

Observação: a escolha de quais exames solicitar fica a critério do(a) Médico(a) Veterinário(a), que vai avaliar e adequar sua conduta conforme a situação clínica do(a) paciente. 

Tratamento

Primeiramente é indicada a terapia antibiótica e anti-inflamatória (clinicamente) e, posteriormente, recomenda-se a remoção da dentição afetada bem como reconstruir a fístula, caso esteja presente. Em alguns casos em que há muita contaminação e perda de tecido, bem como aberturas pequenas, não é recomendado a reconstrução cirúrgica da fístula.

Prevenção

É de extrema importância os cuidados com a dentição do animais, se for possível realizar cuidados diários por meio da limpeza utilizando produtos de higiene bucal veterinários, bem como a ida a um especialista para cuidados preventivos, de modo a evitar o desenvolvimento de uma doença periodontal grave que contribui para o desenvolvimento desta afecção.

Em situações traumáticas, em que ocorre fratura dentária, é recomendado ir ao(à) médico(a) veterinário(a) e fazer uma avaliação odontológica para intervir e evitar a formação de um abscesso futuramente.

Referências Bibliográficas

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