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Tudo sobre: Aspergilose

Introdução

A aspergilose é uma doença sistêmica ou localizada, causada por um fungo oportunista, do gênero Aspergillus. Apresenta ocorrência mundial, predominante em regiões de clima quente e subtropical. O fungo está presente no solo, na vegetação, na matéria orgânica em decomposição, nos alimentos, no ar, na água e em objetos expostos a eles.

A doença acomete mamíferos e aves (domésticas e silvestres), sendo mais grave e comum nestas. Em felinos a doença é rara. Em seres humanos, está associada a pessoas imunocomprometidas. Em cães, não é uma doença contagiosa.

O animal se infecta ao ingerir ou inalar os esporos* do fungo. Animais imunocompetentes eliminam os esporos e não adoecem, assim, situações de imunossupressão e outros fatores debilitantes associados, contribuem para o desenvolvimento da enfermidade. 

Vários fatores podem predispor o desenvolvimento da doença como idade (animais jovens e adultos), raça (Pastor Alemão, Golden Retriever, dentre outros de focinho alongado), predisposição genética e imunidade do hospedeiro (associada a neoplasias, má nutrição, antibioticoterapia, quimioterapia e terapia com imunossupressores) associados a condições climáticas inadequadas, o ambiente onde vive o animal e a quantidade de esporos inalados.

Em cães, a doença pode apresentar três formas clínicas: aspergilose nasal (invasiva e não invasiva), aspergilose disseminada e aspergilose pulmonar (rara). A aspergilose nasal invasiva é a forma mais comum nos cães, as lesões da cavidade nasal e seios paranasais são invasivas e levam à destruição da mucosa e atingem os tecidos moles periorbitais e ossos. A aspergilose disseminada geralmente acomete os discos intervertebrais, baço, coração, ossos, glomérulos renais e olhos.

O prognóstico para a aspergilose nasal é bom. Para a doença sistêmica e em gatos, o prognóstico é considerado grave.

*Os esporo é a unidade reprodutiva do fungo. É uma forma de resistência, leve e pequena, facilitando a dispersão no ambiente.

Transmissão

- Inalação e ingestão de esporos.

Manifestações clínicas

As manifestações clínicas variam de acordo com o órgão afetado, a extensão das lesões, o tempo de evolução da doença e a resistência do hospedeiro.

Sinais inespecíficos

-Letargia

-Anorexia 

-Depressão 

-Perda de peso

-Febre

Sinais musculoesqueléticos

Aspergilose Nasal:

-Descarga nasal mucopurulenta ou serosanguinolenta (uni ou bilateral)

-Ulcerações das partes externas das narinas

-Despigmentação das narinas

-Desconforto facial, com dor

-Osteomielite dos seios paranasais

Aspergilose Disseminada

-Dor nos membros, na região cervical e relutância ao levantar, correr ou saltar (consequência de osteomielite e discoespondilite)

-Poliúria, polidipsia e hematúria (consequência de acometimento renal)

-Uveíte (consequência de acometimento ocular)

Quando ocorre comprometimento pulmonar, o animal pode apresentar tosse persistente e pneumonia com hemoptise.

Diagnóstico

Associação da anamnese, histórico e exame clínico.

-Hemograma completo

-Exames bioquímicos (Ureia, Creatinina, ALT, AST e FA)

-Urinálise

-Rinoscopia

-Radiografia

-Tomografia computadorizada

-Histopatologia (a partir de biópsia)

-Cultura e isolamento

-Testes sorológicos

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário

Tratamento

O tratamento mais utilizado consiste na remoção cirúrgica dos tecidos onde se encontram as colônias fúngicas, combinada com aplicação tópica e/ ou sistêmica de antifúngicos. O uso sistêmico dos antifúngicos exige terapia prolongada e o sucesso limitado dessas drogas tem sido atribuído à pouca penetração delas nas colônias fúngicas e nos tecidos necrosados.

Observação: Quanto mais rápidos o diagnóstico e o início do tratamento, melhores os resultados e a resolução da doença. Pacientes com problemas pré-existentes e a nefrotoxicidade e hepatotoxicidade das drogas podem ser fatores limitantes na escolha do protocolo terapêutico.

Prevenção

A prevenção é baseada na redução do risco de infecção, especialmente para animais e pessoas imunocomprometidas. A permanência de animais em regiões contaminadas por um longo período de tempo deve ser evitada.

Referências Bibliográficas

CARVALHO, G. S. Aspergilose pulmonar em cão. 2013. 30 f.Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina Veterinária) - Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2013.

FERREIRA R.R., MACHADO M.L.S., SPANAMBERG A., BIANCHI S.P., AGUIAR J., HUMMEL J. & FERREIRO L. Infecções fúngicas do trato respiratório de cães e gatos. Acta Scientiae Veterinariae. v. 35, p. 285-288, 2007.

GIUFFRIDA, R. Enfermidades por microorganismos fúngicos de ocorência esporádica no Brasil. In: MEGID, J.; RIBEIRO, M. G.; PAES, A. C. Doenças infecciosas em animais de produção e de companhia. Rio de Janeiro. ROCA, 2016. p. 1258-1260.

SANCHES, P. P.; COUTINHO, S. D. A. Aspergilose em cães- Revisão. Revista Inst. Ciência Saúde. 2007, v. 25, n. 4, p. 391-397.

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