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Tudo sobre: Borreliose

Introdução

Também conhecida como Doença de Lyme, é uma enfermidade infecciosa, de distribuição mundial, causada pela bactéria Borrelia burgdorferi. Acomete diversas espécies de animais domésticos, silvestres e o ser humano. No Brasil, poucos são os relatos de ocorrência da doença.

A doença é transmitida aos animais através da picada de carrapatos (repasto sanguíneo), na qual a bactéria é inoculada através da saliva. Para que ocorra a infecção, o carrapato deve ficar aderido à pele para o repasto sanguíneo por um longo período de tempo. Os animais jovens, imunossuprimidos e com contato com equinos e capivaras (animais portadores de carrapatos que podem carrear a Borrelia burgdorferi) apresentam maior risco de infecção. 

A doença de Lyme é uma zoonose, os cães atuam como reservatórios da doença no ambiente doméstico, favorecendo a transmissão da bactéria, através da picada de carrapatos, para outros animais e até mesmo para o ser humano. Assim, o controle de infestações por carrapatos é o principal método de prevenção tanto para os animais, quanto para os seres humanos.

As articulações, o sistema nervoso central e o coração são os tecidos mais afetados. Poliartrite (inflamação simultânea de várias articulações) é a manifestação mais comum, mas também pode ocorrer dermatite (inflamação da pele), miosite (inflamação dos músculos) e glomerulonefrite (inflamação do glomérulo- estrutura do rim).

O diagnóstico definitivo é obtido a partir de testes sorológicos ou PCR. O tratamento é baseado no uso de antibiótico e terapia suporte. 

Transmissão

-Picada de carrapatos

Manifestações clínicas

-Apatia
-Anorexia
-Hipertermia
-Linfadenomegalia
-Claudicação
-Emagrecimento progressivo
-Eritema (local da picada)
-Edema
-Dor ao se movimentar
-Fadiga
-Poliartrite
-Febre

Diagnóstico

Associação da anamnese, histórico e sinais clínicos.

-Teste sorológico (ELISA indireto, Western blotting)

-PCR

-Exames bioquímicos (creatinina, ureia, UPC)

-Urinálise

-Análise de líquido sinovial

-Análise do líquor

bservação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário.

Tratamento

A terapia é baseada no uso de antibióticos e glicocorticóides, os quais devem ser recomendados pelo(a) Médico(a) Veterinário(a) responsável pelo caso. Para alívio da dor, principalmente por causa da claudicação e artrite, podem ser administrados fármacos antiinflamatórios e analgésicos.

A terapia pode ser planejada de forma a tratar outras doenças transmitidas por carrapatos, como a Anaplasmose e a Erliquiose, que podem coexistir com a Borreliose, como já descrito na literatura.

Além do tratamento da doença, deve ser instituída terapia contra a infestação de carrapatos e outros ectoparasitas. Vários medicamentos estão disponíveis no mercado, desde comprimidos, coleiras, shampoos e pour-on (uso tópico).

Prevenção

O principal método de prevenção é o controle da infestação por carrapatos, os veiculadores da doença. Vários medicamentos estão disponíveis no mercado para este controle. Essa atitude previne muitas outras doenças transmitidas pelos carrapatos, como a Babesiose, Anaplasmose, Erliquiose e a Hepatozoonose, e também a ocorrência de alergias provocadas pela picada de ectoparasitas. Também é necessário realizar o controle de ectoparasitas presentes no ambiente e objetos dos animais, como panos e camas.

Como os equinos e capivaras apresentam risco aos animais e humanos, recomenda-se certos cuidados, como uso de coleiras carrapaticidas, ao realizar passeios em locais onde há exposição a tais animais.

Referências Bibliográficas

ALVES, A. de L.; MADUREIRA, R. C.; SILVA, R. A. da; CORREA, F. do N.; BOTTEON, R. C. C. M. Freqüência de anticorpos contra Freqüência de anticorpos contra Borrelia burgdorferi Borrelia burgdorferi em cães na região metropolitana do Rio de Janeiro. Pesquisa Veterinária Brasileira. v. 24, n.4, p.203-206, out./dez. 2004.

CRIVELLENTI LZ; BORIN-CRIVELLENTI S. Casos de Rotina em Medicina Veterinária de Pequenos Animais. 2 Ed. MedVet, 2015.

KRUPKA, I; STRAUBINGER, R. K. Lyme Borreliosis in Dogs and Cats: Background, Diagnosis, Treatment and Prevention of Infections with Borrelia burgdorferi sensu stricto. Vet Clin Small Anim, n.40, p. 1103–1119, 2010.

PEREIRA, A. B. A; et al. Doença de Lyme em cão da raça Rottweiler: Relato de caso. Pubvet. v.12, n.3, p.1-5, mar. 2018.

SANTOS, M; et al . Borreliose de Lyme. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 85, n. 6, p. 930-938, dez. 2010 .

SOARES, CO. O.; ISHIKAWA, M. M.; FONSECA, A. H.; YOSHINARI, N. H. Borrelioses, agentes e vetores. Pesquisa Veterinária Brasileira. v. 20, n. 1, p. 1-19, jan./mar. 2000. 

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