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Tudo sobre: Cetoacidose diabética

Introdução

A cetoacidose diabética (CAD) é uma das complicações mais graves da diabetes mellitus. A CAD ocorre quando há uma associação entre a deficiência de insulina e o excesso de hormônios hiperglicemiantes (catecolaminas, glucagon, cortisol e hormônio de crescimento). Quando não tratada de forma rápida e eficaz, pode ser fatal.

A deficiência relativa ou absoluta de insulina estimula a produção de energia através de outras fontes, como a lipólise, que corresponde à quebra dos triglicerídeos armazenados em ácidos graxos livres e glicerol. Em condições normais, os ácidos graxos livres são utilizados pelos tecidos periféricos como substrato energético, porém sua alta concentração plasmática aumenta a disponibilidade para o fígado que, por sua vez, promove a cetogênese, ou seja, produção de corpos cetônicos. O acúmulo de corpos cetônicos resulta na diminuição do pH sanguíneo gerando o quadro de acidose metabólica. Além da acidose grave, outras consequências da CAD são hiperosmolalidade, aumento da diurese, desidratação e distúrbios eletrolíticos. 

O quadro de CAD ocorre principalmente em animais entre cinco e 12 anos e apresenta considerável prevalência em fêmeas. A conscientização dos(as) tutores(as) em relação à gravidade de tal distúrbio e sua necessidade de tratamento tem se mostrado eficaz na redução dos casos de óbito pela doença. Apesar disso, o índice de mortalidade ainda é alto, com taxas entre 27 e 32% em cães. 

A ocorrência de diabetes mellitus e agravamento para cetoacidose está relacionada ao sedentarismo, obesidade e estresse em animais.

Geralmente a cetoacidose diabética ocorre em animais que não receberam diagnóstico e tratamento para diabetes em curto prazo. Assim, ocorre a ausência ou insuficiência na atividade do hormônio insulínico, acarretando o aumento da concentração sanguínea de glicose (hiperglicemia). A ausência ou inatividade da insulina decorre de afecções como pancreatite, doenças renais crônicas, desidratação e anorexia, entre outras. O quadro de cetoacidose também pode desenvolver-se em animais que recebem a dose diária de insulina, seja por necessidade de ajuste da dose ou por resistência ao hormônio, decorrente de algum outro fator endócrino.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

- Apatia

- Êmese 

- Poliúria 

- Polidipsia

- Polifagia 

- Letargia

- Desidratação

- Hiperventilação

- Dor

- Diarreia

- Hálito cetônico

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia, exames físico e laboratoriais.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

- Hemograma completo

- Ureia

- Creatinina

- Urinálise simples

- Bioquímica - Glicose

- Curva glicêmica

- Leucograma

- Eritrograma

- Colesterol total

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

Caso os sinais clínicos da doença forem ausentes ou discretos, como em acidose metabólica leve, pode ser feita aplicação de insulina de ação rápida pelo(a) Médico(a) Veterinário(a), sem necessidade de fluidoterapia e cuidados intensivos. É importante realizar o monitoramento da glicemia e de corpos cetônicos na urina.

Caso contrário, se o animal apresentar sinais sistêmicos com evidência de acidose metabólica grave, o tratamento primário da baseia-se na restauração do volume intravascular, correção da desidratação, dos distúrbios eletrolíticos e ácido-base, e redução das concentrações de glicose sanguínea. É realizada fluidoterapia e insulinoterapia com ajuste da dose necessária de acordo com cada animal.

Prevenção

A medida de prevenção aplicável à cetoacidose diabética consiste no diagnóstico do quadro de diabetes o mais breve possível, com acompanhamento adequado por um(a) Médico(a) Veterinário(a) capacitado. 

É imprescindível a realização de consultas rotineiras em caso de animais diabéticos para a verificação da correta dosagem de insulina e para a prevenção da evolução do quadro para cetoacidose.

Referências Bibliográficas

BOAG, A. K. (2012). Ketoacidosis. In C. T. Mooney & M. E. Peterson (Eds.), Manual of canine and feline endocrionology (pp. 251-258). Gloucester: BSAVA. 

DUARTE, R., SIMÕES, D. M. N., KANAYAMA, K. K. & KOGIKA, M. M. (2012). Acid-base abnormalities in dogs with diabetic ketoacidosis: a prospective study of 60 cases. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 49(4):325-332. 

JERICÓ, Márcia Marques; ANDRADE NETO, João Pedro de; KOGIKA, Márcia Mery. Tratado de medicina interna de cães e gatos. 2015. Cap.194. p.4094-4096.

NELSON, W. R.; COUTO, C. G. Distúrbios do Pancrêas Endócrino. Medicina interna de pequenos animais. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015, p. 1455-1458. 

THOMOVISKY, E. (2017). Fluid and electrolyte therapy in diabetic ketoacidosis. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, 47(2):491-503.

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