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Tudo sobre: Complexo Granuloma Eosinofílico

Introdução

O complexo granuloma eosinofílico (CGE) é uma s&;ndrome de doenças dermatológicas que aparecem em conjunto, afetando mais os gatos, porém também está presente em cães. Os animais doentes apresentam o granuloma linear eosinofílico, placas eosinofílicas e úlcera indolente eosinofílica. Os nomes das afecções remetem à presença de eosinófilos, células de defesa do organismo (glóbulos brancos) que atuam preiacutedominantemente nas reações alérgicas e na presença de verminoses. Os granulomas são formações nodulares inflamatórias que se formam em decorrência de vários tipos de patologias, sendo CGE uma delas, embora nem todos os pacientes com esta síndrome apresentam a formação desses granulomas. Os eosinófilos, e também outros glóbulos brancos, como os mastócitos, possuem uma hiperatividade anormal e acabam levando ao quadro. 

As principais causas deste complexo são as reações de hipersensibilidade (alergias) nos felinos, sobretudo as relacionadas à alergia à picada de pulgas, alergia alimentar e dermatite atópica (quando diversos alérgenos inespecíficos causam reações alérgicas devido à predisposição genética do animal). Em cães, o CGE é incomum e tem origem multifatorial, ou seja, uma soma de vários problemas de pele resultam na síndrome. Microrganismos como bactérias e fungos, reações a corpos estranhos e base genética também estão descritos como causas do CGE, assim como a forma idiopática (sem nenhuma causa específica conhecida). 

O granuloma eosinofílico também pode ser chamado de granuloma linear porque tem uma aparência de cordão, e corresponde a uma elevação firme, rosada e escamosa, sem coceira e aparece frequentemente na região posterior dos membros pélvicos, na face e na cavidade oral (língua e céu da boca). A placa eosinofílica é uma área em relevo e sem pelos, avermelhada e ulcerada, normalmente nas regiões abdominal e inguinal, parte interna ou externa das extremidades pélvicas, pescoço e nos espaços entre os dedos, cursando com coceira. A úlcera indolente é uma erosão rasa que se encontra principalmente na rafe mediana (linha que separa o palato ou céu da boca em dois lados) e lábios superiores, possui aspecto rosado, úmido e erosivo, sem presença de coceira e dor.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

- Alopecia

- Prurido 

- Descamação da pele

- Eritrema cutâneo

- Exantema

- Sialorreia

- Anorexia

- Sensibilidade na cavidade oral

- Disfagia

- Halitose

- Ulcerações de pele

Diagnóstico

- Exame clínico associado ao histórico do paciente

- Hemograma

- Raspado de pele superficial e profundo

- Exame com a lâmpada de Wood

- Citologia das lesões 

- Biópsia de pele

- Histopatologia (diagnóstico definitivo)

- Cultura e antibiograma combinados (aerobios e anaeróbios)

- Cultura para fungos com antifungigrama

- Teste de FIV e FeLV (felinos) 

* É importante descartar os possíveis diagnósticos diferenciais.

Observação: A realização e a definição da necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

O CGE costuma ter remissão com o uso de antiinflamatórios corticóides, oferecendo excelente remissão das lesões. Porém, o animal deve realizar um acompanhamento criterioso, pois as recidivas da doença podem ocorrer principalmente nos pacientes que possuem alergias. O tratamento pode ser realizado por via oral durante um período de tempo consecutivo ou com aplicações espaçadas. É fundamental o acompanhamento de um(a) profissional para suspender a medicação, pois a retirada abrupta de glicocorticóides após um certo tempo de uso pode acarretar doenças sistêmicas graves, bem como o seu uso indiscriminado. Outras terapias para restringir a ação do sistema imune podem ser utilizadas quando o tratamento de primeira linha não oferece bons resultados, porém os fármacos imunossupressores devem ser escolhidos de acordo com o caso. 

A utilização de antibióticos é sempre recomendada, mesmo quando a causa do CGE não é bacteriana, uma vez que as lesões primárias predispõem ao aparecimento de dermatites secundárias e contaminação das lesões, principalmente na cavidade oral. Analgésicos também podem ser prescritos para dar conforto aos pacientes, com tempo de uso e dose variando de acordo com o quadro clínico. 

Os(as) pacientes que apresentam acometimento sistêmico devido à dificuldade de ingestão de alimento devem receber um suporte adequado até que as lesões melhorem e ele volte a se alimentar e beber água normalmente. Pode ser necessário fluidoterapia intravenosa e alimentação diluída em seringa. Nos caso mais graves e quando a anorexia leva a problemas sérios (como a lipidose hepática nos gatos que ficam um certo período sem comer), há recomendação e colocação de sondas nasogástricas ou até esofágicas. 

Se os resultados dos exames apontarem presença de fungos, a terapia com antifúngicos deve ser feita até evidências laboratoriais da ausência do microrganismo. 

Prevenção

As síndromes costumam ser um desafio para os(as) tutores(as) e médicos(as) veterinários(as) no sentido de prevenir seu aparecimento, uma vez que se trata de afecções complexas e com causas variadas. O controle de animais alérgicos deve ser criterioso para evitar o aparecimento do CGE. Prevenir ectoparasitas, fornecer alimentação hipoalergênica e utilizar produtos hidratantes e protetores da pele auxiliam a impedir o agravamento dos quadros. 

Referências Bibliográficas

Bloom, P.B. Canine and feline eosinophilic skin diseases. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice. v.36, n.1, p.141-160, 2006.

Lerner, D.D. Complexo granuloma eosinofílico em felinos domésticos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2013.

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