{{ zipcode?.length ? zipcode : 'Informar CEP' }}

Escolha sua localização e confira as melhores condições para você.

As modalidades e tempo de entrega variam de acordo com a região.
{{address.label}}
{{address.displayZipcode}}, {{address.city}} - {{address.state}}

Ou verifique outro CEP

Tudo sobre: Dermatomiosite

Introdução

Os problemas de pele são de grande importância na clínica médica de pequenos animais devido à grande prevalência de casos dermatológicos, sendo considerada uma das principais razões para os animais serem levados ao(à) médico(a) veterinário(a). É relatado que entre 20 a 75% dos animais de companhia examinados na clínica apresentam dermatopatias (doenças de pele) como queixa principal ou doença secundária.

A dermatomiosite é uma doença do tecido conjuntivo (tecido de conexão, o qual preenche espaço entre os tecidos) que associa doença muscular à manifestações cutâneas (na pele). Pode ser considerada também como uma enfermidade rara caracterizada por polimiosite (doença inflamatória e degenerativa dos músculos) e dermatite (inflamação da pele). Seus mecanismos imunológicos ainda não estão claros, porém acredita-se que se trata de uma doença de caráter hereditário.

É descrita principalmente em cães das raças Collie e Pastor de Shetland. Não foi observada em gatos.

A enfermidade em cães pode iniciar-se com um quadro muscular leve a partir de sete semanas de idade, sendo que as lesões de pele tendem a se manifestarem a partir de 48 semanas de vida. As lesões cutâneas podem evoluir para aparente resolução em questão de meses ou permanecerem crônicas.

Os sintomas relacionados à pele geralmente incluem manchas bastante delimitadas e com o passar do tempo pode ocorrer atrofia simétrica dos músculos temporais, progredindo para os músculos da mastigação e dos membros. Em alguns casos, ocorre disfagia e megaesôfago (dilatação do esôfago, gerando acúmulo de alimentos neste órgão, o que pode provocar regurgitação).

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

As manifestações clínicas depende dos tecidos e/ ou sistemas acometidos, podendo apresentar:

Lesões de pele:

Manchas delimitadas com:

- Eritema

- Úlceras

- Crostas

- Descamação

- Alopecia

- Pápulas (elevações sólidas na pele)

- Vesículas

- Pústulas

- Prurido

Observação: geralmente são encontradas em regiões submetidas a traumatismo como focinho, orelha, região periorbital (entre os olhos), cauda e extremidades.

Lesões musculares:

- Disfagia

- Fraqueza muscular

- Regurgitação (em casos de megaesôfago)

- Atrofia muscular

- Paralisia facial

- Tônus reduzido da mandíbula

- Marcha rígida

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se na história clínica do animal, assim como no exame físico e exames complementares que podem ser solicitados pelo(a) médico(a) veterinário(a), como:

- Biópsia da pele

- Biópsia de músculos

- Eletromiografia

- Exame bioquímicos sanguíneos: creatinofosfoquinase (CPK), proteínas totais e globulinas.

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

As lesões de pele podem ser tratadas com administração, conforme indicação veterinária, de antibióticos.

Cães com manifestações musculares podem ser tratados, sob indicação do(a) médico(a) veterinário(a) com doses imunossupressoras de glicocorticóides.

O uso de imunomoduladores (medicamentos usados para aumentar a resposta imunológica do paciente) e antioxidantes (ação de proteção das células) também são citados na literatura.

Alguns animais podem ter qualidade de vida mesmo sem manejo medicamentoso, em casos de doença branda.

Prevenção

A prevenção das alterações clínicas provocadas por este distúrbio está principalmente no diagnóstico precoce para que sejam tomadas as medidas necessárias, de maneira a não prejudicar a qualidade de vida futura do animal.

Não é recomendado que animais diagnosticados com dermatomiosite sejam utilizados para reprodução.

Referências Bibliográficas

FERIAN, P.E. et al. Dermatomiosite generalizada de início no cão adulto: relato de caso. MEDVEP Derm.; 3(7): 116-121, abr-jun 2013.

JERICÓ, M.M.; ANDRADE NETO, J. P. de; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca. 2015.

LARSSON, C.E. Sinais dermatológicos clássicos na medicina veterinária. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo, v. 51, n. 1, p. 6-16, 2014.

MACHADO, L.H. de A. Dermatomiosite canina familiar – relato de caso. Revista Clínica Veterinária, n. 81, p.106-110, 2009.

NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

ODAGUIRI, J. et al. Dermatomiosite canina familiar-simile: relato de caso. Veterinária e Zootecnia, Botucatu, v. 19, n. 3, p. 318-321, 2012.

ORTIGOSA, L.C.M.; REIS, V.M.S. dos. Dermatomiosite. Anais Brasileiros de Dermatologia, [s.l.], v. 83, n. 3, p.247-259, jun. 2008. FapUNIFESP (SciELO).

Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso
Já pensou em dar um plano de saúde ao seu melhor amigo?