Tudo sobre: Encefalopatia Espongiforme Felina
Introdução
Conhecida como “o mal da vaca louca”, a encefalopatia espongiforme é uma doença que acomete principalmente bovinos, mas também vem sendo diagnosticada nos felinos. Ela é uma doença degenerativa do sistema nervoso, ou seja, ocorre a destruição de células fundamentais para o funcionamento do corpo. É causada por um agente infeccioso diferente, chamado de príon: em resumo, trata-se de uma proteína mutante e infecciosa que é vista como corpo estranho pelo organismo.
A doença possui uma letalidade elevada, com tempo de evolução para óbito em dias ou meses. Gradualmente, o sistema nervoso, responsável por coordenar as respostas do organismo, começa a se degenerar, causando sinais diversos. A doença é transmissível (assim como a doença dos bovinos) quando ocorre ingestão de animais infectados.
Em humanos, a doença recebe outro nome e ocorre após consumo de tecido bovino contaminado, porém não existe nenhum relato da transmissão de felinos para humanos. O agente infeccioso pode ficar incubado, ou seja, escondido no organismo, por até oito anos antes de ocorrer a manifestação de sinais clínicos.
Transmissão
-Não se aplica
Manifestações clínicas
- Alterações comportamentais
- Letargia
- Ataxia
- Hiperestesia
- Polifagia
- Polidipsia
- Tremores
- Andar em círculos
- Convulsões
- Óbito
Diagnóstico
- Sinais clínicos associados ao histórico
- Necrópsia com imunohistoquímica*
*Não há nenhum exame disponível para detectar a encefalopatia espongiforme felina no animal vivo. Geralmente, é diagnosticada após a morte, com a detecção de príons no sistema nervoso central através de imunohistoquímica.
Tratamento
Não existe tratamento eficaz para esta doença.
Prevenção
O ciclo de transmissão desta doença ainda não está devidamente esclarecido, mas deve-se evitar fornecer carne bovina de procedência duvidosa/ sem procedência para os pets. O cozimento da carne não é suficiente para matar o agente, por isso é necessário evitar o consumo de maneira inadequada.
Devido à possibilidade de ser transmitida para humanos, são necessários controles rigorosos para a eliminação da doença.
Referências Bibliográficas
Bradshaw, J.M., Pearson, G.R., Gruffydd-Jones, T.J. A retrospective study of 286 cases of neurological disorders of the cat. Journal of Comparative Pathology. v.13, p.112-120. 2004
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