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Tudo sobre: Endocardiose das Valvas Atrioventriculares

Introdução

O coração é composto por quatro câmaras (cavidades), os átrios direito e esquerdo e os ventrículos direito e esquerdo. Este órgão funciona como uma bomba, ele recebe o sangue da circulação sistêmica, conduz aos pulmões para ter a troca gasosa (troca gás carbônico por oxigênio) e em seguida, expulsa o sangue, por meio de contrações, fazendo com que circule por todo o organismo. 

A entrada e a saída de sangue nas câmaras cardíacas e na veia e artéria é regulada por valvas. O átrio e o ventrículo são separados pelas valvas atrioventriculares, a bicúspide ou mitral (valva atrioventricular esquerda) e tricúspide (valva atrioventricular direita).

A endocardiose, também chamada de degeneração mixomatosa das valvas atrioventriculares, e outras denominações, é uma doença de desenvolvimento crônico e progressivo e de caráter genético É uma degeneração que leva ao espessamento das valvas, de forma que ocorra mau fechamento destas, resultando em escape de sangue entre os compartimentos cardíacos.

A degeneração da valva mitral, de forma isolada, é a mais comum, ocorre em cerca de 60% dos casos, porém, pode ocorrer o acometimento de ambas as valvas ou somente da tricúspide (apenas em 10% dos casos).

Esta doença acomete principalmente cães, adultos a idosos, de pequeno a médio porte, com predileção por machos e certas raças (Poodle, Schnauzer, Cocker Spaniel, Dachshunds, Pinscher, entre outras). Sendo a causa mais comum de insuficiência cardíaca no cão. É uma doença rara em gatos.

Os sinais clínico são consequência do extravasamento de sangue através da valva degenerada, desta forma, irá variar com a valva acometida. No início, o animal pode ser assintomático devido aos efeitos compensatórios do organismo, conforme a progressão da doença, os sinais clínicos vão aparecendo. Pode ocorrer de alguns animais nunca desenvolverem sinais clínicos.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais clínicos relacionados à endocardiose da valva atrioventricular esquerda (isolados ou em conjunto):

- Tosse (manhã e noite);

- Dispneia;

- Taquipneia;

- Ortopneia;

- Perda de apetite;

- Intolerância ao exercício;

- Letargia;

- Fadiga;

- Cianose;

- TPC (tempo de preenchimento capilar) aumentado;

- Mucosas pálidas;

- Sopro;

- Crepitação pulmonar (depende do estágio da doença)

Sinais clínicos relacionados a endocardiose da valva atrioventricular direita (Sinais sistêmicos)

- Ascite;

- Efusão pleural

Diagnóstico

Associação entre anamnese, histórico, sinais clínicos e exame clínico;

- Ecocardiograma;

- Eletrocardiograma;

- Radiografia torácica;

- Hemograma completo;

- Bioquímicos (Avaliação dos sistemas corporais*).

*Estágios mais avançados da doença levam a acometimento renal, sendo necessária sua avaliação. Para isso, exames como dosagem de ureia, creatinina e eletrólitos e urinálise podem ser requisitados.

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

Por ser uma doença progressiva, não há cura*, o tratamento terapêutico visa a melhora dos sinais clínicos, qualidade de vida e aumento da sobrevida do animal. A terapia irá variar com o estágio (A, B, C ou D) da patologia. 

A terapia é paliativa e baseia-se em dieta adequada com restrição de sódio, alta palatabilidade, rica em proteína e calorias para manter o score corporal do animal; administração de inotrópicos positivos (melhorar a contratilidade cardíaca); vasodilatadores; betabloqueadores; diuréticos (aumentar o fluxo urinário); e hospitalização para controle hemodinâmico e oxigenoterapia nos estágios mais avançados (C e D).

Observação: Visitas periódicas ao médico veterinário são necessárias para monitoramento da doença e correção do tratamento. 

*A intervenção cirúrgica já é uma realidade.

Prevenção

Por ter caráter genético, não tem como prevenir a ocorrência da doença. Portanto, recomenda-se que animais com maior predisposição recebam acompanhamento periódico com um(a) médico(a) veterinário(a). Assim, a doença pode ser diagnosticada no início (precocemente) e a terapia adequada instituída.

Referências Bibliográficas

ATKINS, C.; BONAGURA, J.; ETTINGER, S.; FOX, P.; GORDON, S.; HAGGSTROM, J.; HAMLIN, R.; KEENE, B. (Chair); LUIS-FUENTES, V.; STEPIEN, R. Guidelines for the Diagnosis and Treatment of Canine Chronic Valvular Heart Disease. Consensus Statements of the American College of Veterinary Internal Medicine (ACVIM), v. 23, p. 1142–1150, 2009

GOMES JUNIOR, D.C. et al. Degeneração valvar crônica em canino - Relato de caso. PUBVET, Londrina, V.3, N. 36, Ed. 97, Art. 682, 2009.

HENRIQUE, B. F, MUZZI, R. A. L. et al. O que há de novo na degeneração mixomatosa da valva mitral em cães? REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA, n 20, 2013.

Keene BW, Atkins CE, Bonagura JD, Fox PR, Häggström J, Fuentes VL, Oyama MA, Rush JE, Stepien R, Uechi M. ACVIM consensus guidelines for the diagnosis and treatment of myxomatous mitral valve disease in dogs. J Vet Intern Med. 2019 May;33(3):1127-1140. doi: 10.1111/jvim.15488. Epub 2019 Apr 11.

NELSON RW, COUTO CG. Metabolic and electrolyte disrordes. Small Animal Internal Medicine. 5.ed. - Elsevier,St. Louis, Missouri. 2015. Cap. 55, p. 1209-1212. CORRIGIR

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