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Tudo sobre: Esofagite

Introdução

Esofagite é o nome que se dá a qualquer processo inflamatório que aconteça no esôfago. O esôfago é um órgão tubular do sistema digestório que transporta os alimentos da boca ao estômago. Ele é dotado de tecidos musculares que realizam movimentos coordenados e repetidos que levam o bolo alimentar ao longo de toda a sua estrutura. Quando há uma inflamação instalada, feridas/ úlceras formam-se na mucosa provocando desconfortos e interferindo no funcionamento do órgão. 

A esofagite é uma alteração comum após lesão por corpos estranhos, principalmente perfuro-cortantes e refluxo gastroesofágico grave - principalmente durante a anestesia geral, quando não é respeitado o jejum prévio. Outras causas incluem a ingestão de substâncias cáusticas, cicatrização de cirurgias esofágicas, medicamentos agressores de mucosa, hérnia de hiato, vômito persistente, infestação parasitária, neoplasias e ingestão de alimentos ou líquidos quentes. Em gatos, há ainda a regurgitação frequente de bolas de pelo.

Ela pode se desenvolver em qualquer parte do esôfago e a extensão, localização e profundidade das lesões dependem da causa. Qualquer agressão à mucosa pode levar ao desencadeamento de um processo inflamatório. Pode acontecer em animais de qualquer idade, raça ou sexo.

Transmissão

- Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

  • Regurgitação 
  • Êmese
  • Inapetência
  • Anorexia
  • Emagrecimento
  • Disfagia
  • Odinofagia
  • Ptialismo

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

  • Hemograma Completo
  • Radiografia simples*
  • Radiografia contrastada (Esofagograma contrastado estático )
  • Endoscopia digestiva alta
  • Fluoroscopia
  • ALT - TGP
  • AST - TGO
  • Fosfatase Alcalina (F.A) 

*A avaliação radiográfica simples geralmente não apresenta achados característicos nos pacientes com esofagite. Normalmente, para diagnóstico de esofagite, recomenda-se a endoscopia.  

 Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

A escolha do tratamento ficará a critério do médico(a) veterinário(a) clínico(a) juntamente com o(a) tutor(a) após a avaliação do paciente e o melhor custo-benefício para a situação. Mas geralmente usa-se medicamentos gastrocinéticos, bloqueadores de receptores H2, bloqueadores de bomba de prótons, glicocorticóides, antiparasitários (se houver necessidade) e antibióticos de amplo espectro para controlar possíveis infecções bacterianas secundárias de mucosa.

Nos casos que envolvem hérnia de hiato ou a presença de corpo estranho, a intervenção cirúrgica poderá ser necessária.

Além disso, é importante descobrir a causa das agressões à mucosa esofágica e, se possível, suspendê-la. Em alguns casos, pode ser recomendada a alteração da alimentação fornecendo rações de textura mais pastosa, pelo menos durante a realização do tratamento para facilitar a passagem do alimento no local lesionado.

Prevenção

A prevenção para casos de esofagite é evitar situações que possam agredir o esôfago e provoquem um processo inflamatório intenso. De maneira geral, o(a) tutor(a) deve sempre manter bons hábitos para minimizar os riscos, como por exemplo, não permitir que o animal tenha acesso a corpos estranhos (perfuro-cortantes, principalmente), produtos de limpeza e químicos em geral, e fornecer uma alimentação completa, balanceada e de boa qualidade. Os pets também precisam de um ambiente rico em estímulos para que o se ocupem e não queiram ingerir objetos não comestíveis. Além disso, não se deve fornecer ossos, principalmente de galinha, uma vez que podem provocar obstruções ou perfurações no trato gastrointestinal.

O(a) tutor(a) deve também manter um check up periódico com o(a) médico(a) veterinário(a) para avaliação clínica, realização de exames, vacinas e vermifugações preventivas.

Nas situações em que o animal será submetido a qualquer procedimento anestésico, o(a) tutor(a) deve estar atento às recomendações de jejum alimentar e hídrico prévio e segui-las criteriosamente conforme a orientação do(a) médico(a) veterinário(a) para prevenir quadros de vômito intenso sob anestesia e conseguinte esofagite e estenose esofágica.

Ao notar mudanças repentinas de comportamento ou aparecimento de sinais clínicos sutis ou intensos no animal, o(a) responsável deve procurar ajuda o mais rápido possível, pois o diagnóstico precoce e oportuno favorece o sucesso do tratamento e a vida do animal.

Referências Bibliográficas

JOHNSON, S. E.; SHERDING, R. G. Doenças do esôfago e distúrbios de deglutição. In: Manual Saunders: clínica de pequenos animais. São Paulo: Roca, 1998, p. 709-725.

SELLON, R.K.; WILLARD, M.D. Esophagitis and esophageal strictures. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v.33, n.5, p.945-967, 2003.

SILVA, E. C. S. et al. Diagnóstico e tratamento da estenose esofágica pela via endoscópica em cão: relato de caso. Ci. Anim. Bras., Goiânia, v. 11, n. 2, p. 465-470, abr./jun. 2010

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