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Tudo sobre: Gastroenterite

Introdução

Gastroenterite, também chamada de processo inflamatório do trato gastrointestinal (TGI), normalmente acomete diferentes órgãos do sistema digestivo ao mesmo tempo, como estômago, intestino delgado e intestino grosso. Órgãos como fígado, pâncreas e vesícula biliar também podem sofrer alterações nos quadros gastrointestinais. É difícil saber qual órgão foi acometido primeiro, pois muitas vezes a inflamação ocorre em conjunto.

A gastroenterite em cachorros e gatos pode ter inúmeras causas e, muitas vezes, esse processo ocorre como um sinal clínico de alguma doença ou infecção primária. No geral, a gastroenterite animal pode ter causa infecciosa, autoimune (quando há um ataque do próprio organismo contra as células do trato gastrointestinal, idiopática (sem motivo inicial conhecido), alimentar, medicamentosa etc. Além disso, diversos microrganismos podem estar presentes nos quadros de gastroenterites em cães e gatos, como vírus, bactérias e protozoários e esta é uma enfermidade que possui elevada frequência nos consultórios e hospitais veterinários de pequenos animais. Os sinais clínicos são inespecíficos e o diagnóstico da causa (ou das causas, pois vários processos patológicos podem estar envolvidos ao mesmo tempo) pode levar um tempo e demandar diversos exames específicos.

Na gastroenterite de pets, algumas alterações são comuns, como o desequilíbrio da microbiota intestinal (disbiose), perda de células da mucosa gástrica e intestinal, menor digestibilidade de nutrientes e maior perda de água e eletrólitos pelas fezes. Se não tratada rápida e adequadamente, a gastroenterite de cães e gatos pode evoluir para quadros graves e até mesmo óbito, inclusive na forma crônica. Isso acontece, pois a saúde do sistema digestório interfere de maneira intensa na saúde do organismo como um todo, como na atuação do sistema imunológico, no funcionamento dos processos digestivos que levam nutrientes para todo o organismo e na eliminação de toxinas que podem afetar o sistema nervoso.

É importante salientar que os filhotes são extremamente sensíveis às perdas geradas pelas gastroenterites e demandam cuidado especial uma vez acometidos, muitas vezes necessitando de acompanhamento próximo de um médico-veterinário ou até mesmo internação em alguns casos.

A ocorrência de gastroenterite hemorrágica, isto é, quando ocorrem episódios de diarreia e/ ou vômito com sangue merecem atenção especial e devem receber tratamento adequado realizado por um médico-veterinário o quanto antes para identificação da causa e controle deste tipo de ocorrência.

Transmissão

A transmissão vai depender da causa da gastroenterite. O contágio nas formas infecciosas ocorre principalmente pela via oro-fecal por:

  • Água contaminada
  • Alimento contaminado
  • Contato direto com fezes

Vale lembrar que, em alguns casos, o próprio pet pode se reinfectar, já que animais têm o hábito de se lamberem frequentemente.

Sintomas de gastroenterite em cachorros e gatos

  • Diarreia
  • Emagrecimento
  • Vômito
  • Náusea
  • Febre
  • Dor
  • Fezes com sangue
  • Apatia
  • Desidratação
  • Falta ou diminuição de apetite

Diagnóstico

Uma avaliação detalhada é essencial devido aos sinais inespecíficos. O médico-veterinário deve verificar cuidadosamente o histórico do paciente e seu estilo de vida, levando em conta os diversos diagnósticos diferenciais possíveis para quadros que apresentam sintomas similares. Exames complementares que o profissional pode solicitar:

  • Hemograma completo
  • Fosfatase alcalina (FA)
  • Creatinina
  • Ureia
  • Proteínas totais + frações
  • Coprocultura (Cultura de Fezes)
  • Giárdia (imunológico)
  • Parvovirose (Parvovírus canino) -- Pesquisa de Antígeno Viral
  • Perfil Doenças Entéricas (PCR) Cinomose e Parvovirose
  • Parasitológico de Fezes
  • Pesquisa de Trichomonas
  • Toxoplasma sp (PCR)
  • Panleucopenia Felina (Parvovírus Felino)
  • Lipase
  • Amilase
  • Glicemia
  • Albumina
  • Bilirrubinas (Direta, Indireta e Total)
  • ALT- TGP)
  • AST-TGO)
  • Isolamento de Salmonella sp.
  • Pesquisa de Cryptosporidium
  • Pesquisa de Campylobacter
  • Ultrassonografia abdominal
  • Biópsia intestinal
  • Endoscopia/ colonoscopia
  • Exame radiográfico contrastado

A realização desses exames, assim como a necessidade de outros, fica a critério do médico ou médica veterinária, sempre pensando no melhor para o pet.

Tratamento

A gastroenterite como sintoma de uma doença primária deve ser tratada junto com o fator desencadeador. Além da terapia específica para a causa base é preciso associar manejo dietético, uso de pré e probióticos e suporte para as demais alterações clínicas como antieméticos, fluidoterapia, analgésicos, antipiréticos, etc.

O uso de antiparasitários e antibióticos deve ser avaliado pelo(a) médico(a) veterinário(a) responsável e, caso seja necessário, deve ser realizado de forma criteriosa para evitar o agravamento do problema através do desequilíbrio da microbiota intestinal.

O suporte hospitalar pode ser necessário quando o animal apresenta estado clínico grave, sendo necessário suporte nutricional para evitar translocação bacteriana e sepse (infecção generalizada), medicações injetáveis para impedir vômito, fluidoterapia intravenosa, uso parenteral de vitaminas e glicose, suplementação de eletrólitos como potássio, correção de acidose ou alcalose, entre outras condutas.

Como as gastroenterites em pets influenciam outros sistemas, o tratamento muitas vezes é complexo e exige acompanhamento profissional criterioso. A escolha do tipo de fluidoterapia a ser utilizada, medicações para estimular o peristaltismo (procinéticos), antibioticoterapia, nutrição clínica e reposição de eletrólitos é um desafio para o profissional. Os exames complementares são fundamentais na avaliação do sucesso terapêutico, além da questão diagnóstica.

A inflamação severa do sistema gastrointestinal pode ainda levar à perfuração do estômago e/ ou intestino, levando à peritonite e necessidade de intervenção cirúrgica. Outras alterações que podem agravar a situação e exigir cirurgias é a intussuscepção (quando uma alça adentra outra, devido ao elevado peristaltismo), prolapso retal e torção intestinal.

Assim como as gastroenterites podem causar elevação acentuada no peristaltismo, o oposto também pode acontecer e gerar consequências graves como vômitos persistentes e acúmulo de toxinas no organismo, sendo necessário uso de antioxidantes e prócinéticos com muita atenção e acompanhamento veterinário uma vez que as consequências de terapias empíricas e irracionais tendem a agravar o problema.

Em casos de gastroenterites crônicas em cachorros e gatos, costuma ser recomendado o acompanhamento realizado por um médico-veterinário gastroenterologista.

Prevenção

Algumas formas de eficientes de prevenir as gastroenterites, são:

  • Manter a microbiota intestinal equilibrada, evitando trocas bruscas na alimentação e uso de alimentos impróprios para espécie;
  • Manter os protocolos vacinais atualizados;
  • Realizar vermifugação criteriosa de acordo com acompanhamento profissional;
  • Não fazer uso indiscriminado de medicamentos;
  • Fornecer dieta adequada e de qualidade;
  • Fornecer água de boa procedência e minimizar fatores estressantes.

Além disso, fazer um acompanhamento criterioso de pacientes que tenham quadros persistentes de vômito e diarreia também é fundamental para o diagnóstico e prevenção, principalmente das causas autoimunes e hereditárias.

Referências Bibliográficas

DUNN, J. K. et al. Tratado de medicina de pequenos animais. 2001. 1ed. São Paulo: Roca, 2233p..

MAHL, A. As gastroenterites do cão. Revista Cães e Gatos. n.09, p.24, 1994.

TESSEROLLI, G.L.; FAYZANO, L. e AGOTTANI, J.V.B. Ocorrência de parasitas gastrointestinais em fezes de cães e gatos, Curitiba – PR. Revista Acadêmica. v.3, n 4, p.31-34, 2005.

Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso
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