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Tudo sobre: Hemangiossarcoma Canino

Introdução

Hemangiossarcoma é uma neoplasia maligna originada no endotélio vascular (células que compõe os vasos sanguíneos), ou seja, pode ocorrer em qualquer região vascularizada do corpo. Pele, pericárdio, pulmões, rins, cavidade oral, músculos, ossos, bexiga urinária e peritônio também são possíveis sítios para essa neoplasia. 

É um câncer de caráter altamente agressivo e a maioria das formas anatômicas do tumor infiltra-se e forma metástases precocemente no curso da doença, exceto as formas dérmica e conjuntival primária que possuem baixo potencial metastático. O baço, o átrio direito (coração) e o tecido subcutâneo são os locais mais comuns na apresentação desta enfermidade.

Acontece predominantemente em cães idosos, entre oito e 13 anos. Alguns estudos sugerem a incidência maior em machos. Pode afetar cães de qualquer raça, no entanto, cães de grande porte são os mais acometidos, principalmente das raças Pastor Alemão, Labrador Retriever, Golden Retriever e Italian Greyhound. Além destas, há indícios que animais com a pele de menor pigmentação e pelos mais rarefeitos como Beagle, Bulldogue branco e o Pointer Inglês, também tenham uma predisposição ao aparecimento desta enfermidade.

Os hemangiossarcomas podem aparecer associados a uma ampla variedade de anormalidades hematológicas e hemostáticas, sendo que a natureza das queixas dos tutores e o início dos sinais clínicos geralmente se relacionam com a origem do tumor primário, à presença ou ausência de lesões metastáticas, à ruptura espontânea do tumor e ao desenvolvimento de coagulopatias ou arritmias cardíacas. Tais manifestações podem acarretar a morte súbita do paciente devido a hemorragias torácicas ou abdominais.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

- Desmaio

- Desidratação

- Apatia

- Edema

- Ascite

- Fraqueza

- Letargia

- Emagrecimento

- Dispneia

- Claudicação

- Taquipneia

- Taquicardia

- Anorexia

- Dor

- Coma

- Hemorragia

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

- Análise de Líquidos Cavitários

- Biópsia

- Citologia – PAAF ou Imprint

- Histopatológico com Coloração de Rotina

- Histopatológico com coloração Especial

- Imunohistoquímica para Neoplasia (painel geral)

- Radiografia torácica

- Tomografia Computadorizada

- Ultrassonografia abdominal

- Ecocardiografia

- Urinálise simples

- Hemograma completo

- Plaquetas

- Tempo de Protrombina

- Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada

- Coagulograma

- ALT – TGP

- AST – TGO

- Albumina

- Creatinina

- Ureia

- Fosfatase Alcalina (F.A.)

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

Por ser uma doença agressiva, o tratamento deve ser igualmente invasivo. O tratamento de eleição é o cirúrgico, porém melhores taxas de sobrevida têm sido obtidas pela combinação do tratamento cirúrgico com a quimioterapia adjuvante pós-cirúrgica. 

O clínico, após o exame físico minucioso e avaliação dos exames complementares, poderá identificar o local e classificar o tipo de tumor e o avanço da neoplasia para estabelecer o melhor protocolo terapêutico a ser seguido. Modificadores da resposta biológica e fatores antiangiogênicos também podem ser usados em cães com hemangiossarcoma em combinação com a quimioterapia.

No entanto, o uso de quimioterápicos associados pode promover alguns efeitos adversos – mielossupressão, gastroenterite, alopecia, hiperpigmentação e cardiotoxicidade. O(a) tutor(a) deve ser informado e estar ciente da gravidade da doença, bem como da redução da expectativa de vida do paciente mesmo após a realização da terapia proposta. 

É de extrema importância que o(a) tutor(a) atente-se às instruções do(a) médico (a) veterinário(a) para definir a pertinência de tratamentos que tenham por objetivo ampliar o tempo de vida do animal ou da busca de conforto e bem-estar no tempo de vida restante.

Prevenção

Neste caso, não há prevenção eficaz que impeça o desenvolvimento da doença. Porém, no decorrer da vida clínica do animal, o(a) tutor(a) deve ser orientado sobre a possibilidade de desenvolvimento de neoplasias, principalmente quando o paciente atingir idades mais avançadas. 

O(a) responsável deve estar atento a quaisquer mudanças comportamentais e físicas de seus animais e levá-los para check up semestral ou anualmente de acordo com a orientação veterinária. O diagnóstico precoce do hemangiossarcoma é de suma importância para o sucesso do tratamento. A detecção da doença já nos primeiros sinais possibilita a melhor efetividade das terapias, aumentando as taxas de sobrevivências e diminuindo as taxas de disseminação do tumor.

Referências bibliográficas

COUTO, C. G. Neoplasias Específicas em Cães e Gatos. In: NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

FERRAZ, J. R. S. et al. Hemangiossarcoma canino: revisão de literatura. JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2008 v. 1, n. 1, p. 35-48

FREITAS, J. et al. Hemangiossarcoma canino: revisão. PUBVET, v.13, n.8, a389, p.1-9, Ago., 2019

MACEWEN, E.G. Miscellaneous Tumors. In: WITHROW S. J.; MACEWEN E.G. Small animal clinical oncology, Philadelphia: WB Saunders, 2001. p. 639-646.

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