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Tudo sobre: Hepatotoxinas

Introdução

O fígado é responsável por diversas funções metabólicas no organismo e, dentre elas, uma das mais importantes é a biotransformação de toxinas, na qual essas substâncias sofrem ações de enzimas e são transformadas em compostos menos tóxicos ou perdem sua toxicidade, além de facilitar sua excreção. A biotransformação consiste basicamente na transformação de substâncias apolares em compostos solúveis em água, facilitando sua eliminação do organismo.

A intoxicação hepática ocorre quando o órgão não é capaz de realizar a metabolização de toxinas, ou mesmo quando estas estão presentes em quantidades superiores à capacidade hepática. Como consequência desta sobrecarga, há degeneração e necrose dos hepatócitos, podendo levar à letalidade de forma rápida ou progressiva.

As principais causas de intoxicação hepática são decorrentes do uso indevido de alguns fármacos, ingestão de plantas tóxicas, exposição a pesticidas, herbicidas e metais pesados. Algumas plantas ornamentais cultivadas em jardins apresentam potencial de toxicidade para animais, levando a uma possível intoxicação ao ingerí-las.

As hepatotoxinas são definidas como qualquer substância tóxica capaz de prejudicar o fígado e podem ser classificadas em diretas ou indiretas. No primeiro caso, as toxinas afetam diretamente as células e membranas do fígado, além de apresentarem curto período de ação com rápida manifestação de sinais clínicos. Já as hepatotoxinas indiretas afetam vias metabólicas específicas, comprometendo o funcionamento hepático por deficiência principalmente enzimática. Esta última apresenta período de latência maior e, por estar envolvida em processos metabólicos, o aparecimento de sinais clínicos é um pouco mais lento.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

-Ascite

-Pirexia

-Dor

-Icterícia

-Apatia

-Anorexia

-Hiporexia

-Fraqueza

-Poliúria

-Polidipsia

-Perda de peso

-Êmese

-Diarreia

-Náuseas

-Alterações neurológicas variadas

-Sialorreia

-Esplenomegalia

Diagnóstico

Associação de anamnese, epidemiologia, exames físico e laboratorial

-Hemograma completo

-Ultrassonografia

-Radiografia

-ALT

-AST

-Fosfatase Alcalina

-Bioquímica sérica

-Biópsia

-Citologia

-Urinálise

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a)

Veterinário(a).

Tratamento

O tratamento para intoxicação hepática visa reduzir a absorção das substâncias no organismo por meio de lavagens gástricas e indução do vômito. Além disso, é feito o tratamento suporte para a sintomatologia clínica e uso de hepatoprotetores, promovendo conforto ao animal. Antes de tudo, o médico veterinário deve ter conhecimento do tipo de toxina ingerida, a dose e tempo de exposição do animal ao composto tóxico. O carvão ativado também é indicado para reduzir a absorção de toxinas em animais com quadros de intoxicação leves e que se apresentam conscientes. 

De maneira geral, o quadro clínico apresenta melhora progressiva uma vez que o animal não tenha mais acesso à toxina. De qualquer forma, é imprescindível que se tenha conhecimento da toxina envolvida, dose ingerida e que se faça o tratamento suporte.

Prevenção

Uma vez que diversas plantas de uso ornamental apresentam toxinas de risco aos animais de companhia, é importante evitar o acesso a estas plantas, principalmente dos animais jovens e senis. É imprescindível que nunca administrem fármacos aos animais sem a recomendação de um médico veterinário, visto que diversos compostos podem apresentar toxicidade quando utilizados de maneira incorreta ou em altas dosagens. Os filhotes merecem maior atenção e cuidados, visto que apresentam o hábito de ingerir plantas e objetos ao brincar, sendo mais susceptíveis a uma possível intoxicação.

Referências Bibliográficas

COELHO, H. E. et al. Relato de caso de cirrose biliar em felino Felis domesticus. PUBVET, v. 5, p. Art. 1238-1244, 2011.

COSTA, T. N. Alterações hematológicas e bioquímicas séricas nas intoxicações de cães, gatos e ruminantes por plantas. 2011. Tese de Doutorado. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 30p.

GASPARI, R. de. Intoxicação por Cycas revoluta como causa de hepatopatia crônica em cães. 2013.

GUTERRES, K. et al. Surto de aflatoxicose aguda em cães no município de Pelotas/RS¹. Pesq. Vet. Bras, v. 37, n. 11, p. 1281-1286, 2017.

SILVA, L. M. C. da. Estudo de lesões hepáticas em cães e gatos e intoxicações em felinos. 2017. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pelotas.

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