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Tudo sobre: Hérnia Perineal

Introdução

A hérnia perineal é o deslocamento dos órgãos abdominais na região denominada períneo e ocorre devido à fraqueza dos músculos que compõem o diafragma pélvico, em especial do músculo elevador do ânus e dos músculos coccígeos. É uma afecção bastante comum em cães machos não castrados e idosos, mas pode ocorrer em fêmeas e em felinos. Foram relatados fatores ligados à predisposição em alguns grupos de animais como tenesmo, faixa etária, e a não castração. 

A hérnia perineal acontece com maior frequência em cães entre seis e 14 anos, no entanto há relatos em filhotes. Predisposição genética: em cães são citadas as raças Boston Terrier, Boxer, Collie, Welsh Terrier, Pequinês, Dachshund e Pastor Alemão.

As concentrações de testosterona e estradiol em cães portadores de hérnia perineal não diferem de animais sadios com a mesma idade. Por isso, a orquiectomia (castração) não deve ser recomendada para tratamento da hérnia perineal, a não ser que seja identificado um fator contribuinte, que seja responsivo à orquiectomia, como hiperplasia prostática benigna, pois a próstata, quando aumentada de volume, exerce uma pressão sobre os músculos do diafragma pélvico podendo causar a hérnia. Existe ainda a relaxina, um hormônio produzido pela próstata que causa relaxamento da musculatura pélvica, tornando o macho que não foi orquiectomizado ainda mais vulnerável. Estudos em diversas espécies têm demonstrado que o pico de relaxina ocorre também nos órgãos reprodutivos da fêmea durante a gestação.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

-Dificuldade ao defecar

-Intumescência lateral ao ânus

-Prolapso retal

-Anúria

-Vômitos

-Gases

-Incontinência fecal

-Choque por estrangulamento visceral

Diagnóstico

-Radiografia

-Cistografia

-Ultrassonografia

-Bioquímico sérico (em animais com retroflexão da bexiga) - aumento nos níveis de ureia, creatinina, fósforo e cálcio.

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

O objetivo do tratamento é aliviar e prevenir constipação, disúria e estrangulamento dos órgãos. Fatores causais de obstrução do trato urinário ou infecção, megacólon, hipertrofia da próstata e prostatite devem ser corrigidos. Algumas vezes, a defecação normal pode ser mantida com laxantes, emolientes, modificação da dieta, enemas periódicos ou evacuação retal manual. A vesícula urinária pode ser descomprimida por cistocentese ou cateterização. No entanto, o uso a longo prazo destes tratamentos está contraindicado, uma vez que encarceramento visceral com risco de vida e estrangulamento podem ocorrer.

A herniorrafia sempre deve ser recomendada. Retroflexão da bexiga urinária e aprisionamento visceral requerem cirurgia de emergência. A castração deve ser recomendada, pois reduz as chances de recidivas.

O prognóstico é reservado para bom quando um experiente cirurgião realiza o procedimento cirúrgico. Pacientes com retroflexão da bexiga têm o pior prognóstico. Anormalidades neurológicas preexistentes como a incompetência do esfíncter anal ou inervação da bexiga urinária comprometida não são corrigidas pela herniorrafia.

Prevenção

-Não se aplica

Referências Bibliográficas

BITTENCOURT, H. N. Curso de medicina veterinária da faculdade de ICESP. Hérnia perineal em pequenos animais. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(13); 2380-2390.

FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. 4° edição, p.568-573, 2014.

MORTARI, A.C, RAHAL, S.C. Hérnia perineal em cães. Ciência Rural, v. 35, n. 5, p. 1220-1228, 2005.

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