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Tudo sobre: Hérnia Peritônio-pericárdica

Introdução

Nos animais domésticos, assim como nos humanos, o diafragma constitui uma musculatura responsável por auxiliar na respiração e separar os órgãos abdominais (estômago, fígado, intestino etc.) dos órgãos torácicos como o pulmão e o coração. A hérnia diafragmática é um defeito no diafragma que acontece durante o desenvolvimento embrionário. Nesse caso, o diafragma não se forma completamente e apresenta uma fenda que permite a comunicação da cavidade torácica com a abdominal.

Em alguns casos, ocorre a comunicação inclusive entre os dois “sacos” responsáveis por alojar os órgãos dessas duas cavidades. O peritônio é uma membrana que recobre os órgão abdominais, ou vísceras, para que permaneçam protegidos e não se desloquem com facilidade. Da mesma forma, o pericárdio é a membrana que recobre o coração com a mesma função de proteção aos órgãos do tórax. Quando a comunicação entre o abdômem e o tórax acomete esses dois envoltórios dos órgãos, chamamos de hérnia peritônio-pericárdica ou hérnia diafragmática peritônio-pericárdica.

Em consequência da abertura entre as duas cavidades, alguns órgãos como fígado ou intestino podem se deslocar da cavidade abdominal para a cavidade torácica. Mesmo com essa condição, o animal pode não apresentar nenhum sintoma claro do problema e o diagnóstico muitas vezes acontece por acaso, durante exames de rotina ou durante a investigação de outra doença.

Alguns animais podem passar muito tempo com hérnia peritônio-pericárdica sem que o tutor saiba, o que não significa que está tudo bem. A presença de órgãos fora do local adequado pode ocasionar a torção de algum órgão, quando este acaba girando e fazendo um “nó” em si mesmo, ou ainda o aprisionamento de órgãos ou parte deles em locais onde ficam comprimidos. 

Quando esses órgãos ficam torcidos ou comprimidos pelo deslocamento inadequado, a circulação de sangue e consequentemente de nutrientes e oxigênio para os tecidos fica prejudicada, podendo chegar ao ponto de ocasionar necrose tecidual, que é a morte dos tecidos que ficaram sem irrigação. Um quadro de necrose de tecidos pode se apresentar muito grave e agudo no animal e se não tratado a tempo, levar à morte.

Transmissão

-Congênito

Manifestações clínicas

Assintomático

Quadros com órgãos afetados pela má circulação podem apresentar:

-Dispneia

-Tosse

-Respiração ofegante

-Anorexia

-Êmese 

-Polifagia 

-Diarreia

-Emagrecimento

-Ascite

-Cansaço

-Dor abdominal

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser acidental em decorrência de exame de raio-x por outro motivo ou a suspeita pode ocorrer em decorrência de sinais de necrose. O exame físico detalhado pode indicar a ocorrência da enfermidade.

 Exames que o médico veterinário pode solicitar:

-Radiografia

-Hemograma completo

-Ultrassonografia

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário.

Tratamento

O tratamento da Hérnia peritônio-pericárdica é cirúrgico e deve ser realizado quando o defeito for descoberto, mesmo que o animal ainda não apresente nenhum sintoma ou sinal clínico de doença aparente. Os riscos para o pet de viver com a hérnia são grandes pois a qualquer momento pode ocorrer a movimentação dos órgãos entre as cavidades e causar um caso grave com necrose. Apesar de graves, quadros em que está ocorrendo necrose de tecidos ou órgãos inteiros podem demorar a apresentar sinais clínicos claros e muitas vezes quando percebido pelo tutor o animal já apresenta sequelas irreversíveis.

Por se tratar de um defeito congênito, cada caso é único e apresenta particularidades em relação ao tratamento cirúrgico, cabendo ao médico veterinário decidir como proceder para o melhor bem-estar do animal.

Prevenção

A prevenção desse tipo de doença é sempre o diagnóstico precoce. O acompanhamento veterinário desde começo da vida do animal é, sem dúvidas, um diferencial na saúde e longevidade do pet, pois com acompanhamento e exames de rotina as chances de diagnóstico de qualquer enfermidade logo no início são muito maiores.

Referências Bibliográficas

DA CUNHA, Olicies et al. Hérnia peritoneopericárdica em cão. Ciência Rural, v. 30, n. 5, p. 899-902, 2000.

HAGE, Maria Cristina Ferrarini Nunes Soares; IWASAKI, Masao. Contribuição ao estudo radiográfico das hérnias peritônio-pericárdicas. Clínica Veterinária, São Paulo, v. 6, n. 35, p. 52-58, 2001.

KNIJNIK, Luisa Recondo. Hérnia diafragmática peritoneopericárdica em pequenos animais. 2019.

VOLTARELI, Thuani Camila et al. CORREÇÃO DE HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA PERITÔNIO-PERICÁRDICA CONGÊNITA EM UM FELINO. INVESTIGAÇÃO, v. 17, n. 4, 2018.

Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso
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