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Tudo sobre: Hipercloremia

Introdução

A hipercloremia é um distúrbio metabólico que ocorre quando as concentrações séricas (no plasma sanguíneo) de cloro estão elevadas e superiores aos valores de referência. Os cloretos são os ânions mais abundantes no líquidos extracelular e sua função é fundamental para a distribuição de água no organismo. No suco gástrico, o cloreto também tem importância especial na produção do ácido clorídrico. 

O cloreto das secreções gástricas é derivado do cloreto do sangue e normalmente é reabsorvido durante os últimos estágios da digestão no intestino grosso. Tanto a ingestão quanto a excreção do cloreto é inseparável das do sódio. O hormônio antidiurético (ADH) é responsável por intensificar a excreção de cloro e reduzir a sua absorção pelos túbulos renais.

O desequilíbrio nos níveis de cloro pode estar intimamente associado às alterações nos níveis de sódio, pois eles têm estreita relação entre si. A concentração do íon cloreto está mais sujeita a maiores variações do que o íon sódio, pois outros ânions, especialmente bicarbonato, podem ser trocados pelo cloreto. O excesso de cloreto e nível constante de sódio pode resultar em acidose, enquanto que o excesso de sódio e o nível constante de cloreto pode resultar em alcalose.

Um exemplo disso é que durante a infusão endovenosa rápida de solução fisiológica isotônica (cloreto de sódio) pode haver um quadro de acidose metabólica hiperclorêmica. Este quadro instalado durante um período intraoperatório pode provocar complicações relevantes na recuperação do paciente.

Porém existem alterações nos níveis de cloro independentes dos de sódio relacionados ao equilíbrio ácido-base. Nestes casos, a origem pode ser por desidratação grave, falha renal ou hemodiálise - há diminuição na excreção dos cloretos pela urina. 

Geralmente não manifesta sinais clínicos até que os níveis estejam muito acima do normal para o organismo.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

- Hipertensão

- Desidratação

- Fraqueza

- Polidipsia

- Anorexia

- Emagrecimento

- Letargia

- Taquipneia

- Êmese

- Diarreia

- Apatia

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

- Hemograma Completo

- Urinálise Simples

- Cloro (Cloreto)

- Ultrassonografia abdominal

- Sódio

- Ureia

- Creatinina

- ALT- TGP

- AST - TGO

- Fosfatase Alcalina (FA)

- Fósforo

- Potássio

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

O tratamento consiste na eliminação da fonte de cloreto, na reidratação e no restabelecimento do equilíbrio ácido-base. Quando houver correlação com doença subjacente, esta deve ser corrigida. 

Nos casos de insuficiência renal aguda, é importante eliminar as causas conhecidas da lesão renal e dar suporte ao organismo para a recuperação dos distúrbios eletrolíticos provocados pela síndrome urêmica.

Prevenção

Não há uma prevenção específica que impeça o desenvolvimento da hipercloremia, uma vez que sua origem pode estar vinculada à presença de outra doença. No entanto, é responsabilidade do(a) tutor(a) estar consciente dos cuidados básicos para o bem-estar e saúde de seus animais. A princípio com o fornecimento de uma alimentação equilibrada, balanceada e de boa qualidade para que não haja excessos ou faltas para o animal. Além disso, é importante incentivar o animal a tomar água frequentemente, colocando bebedouros com água limpa e fresca nos ambientes em que ele mais fica. Em segundo lugar, é fundamental manter sempre as consultas, vacinas e vermífugos em dia. O acompanhamento periódico com o(a) médico(a) veterinário(a) garante que seu animal esteja amparado e facilita o diagnóstico precoce caso haja alguma enfermidade.

Jamais medicar o animal por conta própria, principalmente com medicamentos de uso humano, pois muitos são potencialmente tóxicos tanto para cães quanto para gatos. Evitar expor os animais a situações extremas (muito frio ou muito calor) ou a produtos químicos (limpeza, automotivos, venenos e outros).

Ao observar qualquer mudança de comportamento ou aparecimento de sinais clínicos, o(a) tutor(a) deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. 

Referências Bibliográficas

SILVA JÚNIOR, J. M. et al. Importância da hipercloremia no intraoperatório. Rev Bras Anestesiol; 59: 3: 304-313, 2009

SILVA, R. D. Avaliação dos distúrbios ácido-base e eletrolíticos de cães com cetose e cetoacidose diabética. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Clínica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006.

STIVANIN, S.C.B. Desequilíbrio eletrolítico: sódio, potássio e cloro. Seminário apresentado na disciplina Transtornos Metabólicos dos Animais Domésticos, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014. 10p.

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