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Tudo sobre: Hiperestrogenismo

Introdução

O hiperestrogenismo é a condição na qual os níveis séricos de hormônio estrógeno estão elevados no organismo. É uma condição endócrina relativamente rara em animais de companhia e está frequentemente relacionada às neoplasias. Neoplasias ovarianas hormônio-produtoras são mais comuns em cadelas do que em gatas. Dentre os tumores produtores de estrógeno, pode-se citar os adenomas, adenocarcinomas e tumores de células da granulosa. Cistos ovarianos podem produzir estrógeno excessivamente, levando ao hiperestrogenismo. Os cistos podem ser uni ou bilaterais, único ou múltiplos. O aumento dos níveis hormonais provocados por tumores e cistos pode gerar diversos distúrbios como aumento da glândula mamária, hiperplasia da vulva, alopecia e hiperpigmentação da pele. A piometra, que é a infecção uterina, está intimamente relacionada a elevados níveis de estrógeno. O excesso do hormônio estimula o endométrio levando à hiperplasia endometrial cística, aumentando a probabilidade de infecção, que pode ser grave e levar o animal à morte.

Em cães machos, o tumor testicular denominado sertolioma induz o aumento dos níveis de estrógeno. Nesses animais, observa-se feminilização com o aumento da glândula mamária, atrofia do testículo oposto à neoplasia e perda de libido.

O hiperestrogenismo pode ser causado também por aplicação de injeções de hormônios comumente utilizados para interrupção da gestação em cadelas e gatas. Como efeito colateral, pode-se observar alterações dermatológicas já descritas além de efeitos mais graves, como a aplasia de medula óssea, que tem prognóstico reservado a desfavorável.

O excesso de estrogênio pode levar ao aumento da probabilidade de neoplasias mamárias, pois muitas delas têm receptores para esse hormônio. As neoplasias ovarianas e testiculares são mais comuns em animais de meia idade a idosos, de quaisquer raças.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Assintomático

Sinais inespecíficos

-Alopecia

-Liquenismo

-Hiperpigmentação da pele

-Hiperplasia vulvar

-Ginecomastia

-Redução da libido

-Femilinização de machos

-Mucosas hipocoradas

-Tendência à hemorragia

-Aumento do volume testicular e atrofia do testículo oposto

-Alterações do ciclo estral

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, exame físico, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o médico veterinário pode solicitar:

-Hemograma

-Ultrassonografia

-Histopatológico

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

O tratamento visa reduzir os níveis de estrógeno, assim, em casos de neoplasias e cistos, a retirada do ovários e testículos na castração é a medida curativa. Em caso de uso de injeções de estrogênio, as mesmas devem ser suspensas.

Prevenção

Não se recomenda o uso indiscriminado de hormônios. Esse tipo de medicação deve ser utilizada com estrita indicação médico veterinária.

A castração é utilizada como medida de controle populacional bem como para prevenção de neoplasias do sistema reprodutivo.

Referências Bibliográficas

BOLSON, J.; PACHALY, J.R. Hiperestrogenismo Secundário a tumor Ovariano em Cadela. Arq. ciên. vet. zool. v. 7, n. 2, p. 175-179, 2004.

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JERICÓ, M.M.; ANDRADE NETO, J.P.; KOGIKA, M.M. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. Marcia Marques Jericó; João Pedro de Andrade Neto; Márcia Mery Kogika. Ed. Guanabara Coogan, 1 ed., p. 5636-5637, Rio de Janeiro, 2015.

SANTOS, R.L.; ALESSI, A.C. Patologia Veterinária. Ed. Guanabara Koogan, 2 ed., p. 547, 1134, 1232-1240, 1317-1318, Rio de Janeiro, 2016.

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LUZ, M.R. Cistos ovarianos em cadelas: classificação, relevância clínica, diagnóstico e tratamento. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v. 41, n. 1, p. 54-58, jan./mar. 2017.

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