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Tudo sobre: Hiperparatireoidismo Nutricional Secundário

Introdução

O Hiperparatireoidismo secundário nutricional (HSN) corresponde a uma doença metabólica caracterizada pela secreção compensatória aumentada do hormônio paratormônio (PTH) devido a uma dieta desbalanceada, com alteração na proporção cálcio:fósforo, deficiência de cálcio ou de vitamina D. Atualmente, trata-se de uma doença rara em cães e gatos devido à disponibilidade de rações comerciais equilibradas, mas pode ocorrer sobretudo em animais alimentados com comida caseira, restos de alimentação humana ou rações de baixa qualidade nutricional. 

O desenvolvimento dessa alteração é mais comum em dietas com ingestão exclusiva de carne (principalmente fígado e coração) devido ao alto teor de fósforo e baixa quantidade de cálcio, resultando em desequilíbrio cálcio-fósforo. A redução da concentração sérica de cálcio estimula síntese e secreção de PTH pelas glândulas paratireoides, promovendo reabsorção óssea acelerada, reabsorção de cálcio e excreção de fósforo pelos rins e ativação da vitamina D, a fim de elevar a absorção intestinal de cálcio e aumentar a reabsorção óssea. Esses mecanismos de elevação da concentração plasmática de cálcio são considerados fisiológicos, porém quando a hipocalcemia é persistente e promove estimulação prolongada ocorre o desenvolvimento de doença metabólica. 

A intensa reabsorção óssea resulta em perda de tecido ósseo generalizada, principalmente dos ossos longos, ossos da pelve e vértebras (diferentemente do hiperparatireoidismo secundário renal onde o crânio é mais acometido) e substituição por tecido conjuntivo fibroso, caracterizando a osteodistrofia fibrosa. A mineralização óssea anormal e a proliferação de tecido conjuntivo fibroso resultam em amolecimento e fragilidade dos ossos, tornando-os mais suscetíveis às fraturas. 

Acomete predominantemente animais jovens, devido a maior necessidade de cálcio para o crescimento ósseo, não havendo predileção por raça ou sexo. Já foi descrito em diversas espécies domésticas e selvagens.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sintomas/ sinais clínicos (isolados ou em conjunto):

- Claudicação

- Lordose

- Fraturas patológicas em ossos longos e corpos vertebrais

- Tremores musculares 

- Espasmos musculares

- Constipação

- Retenção urinária

- Excitação (casos graves de hipocalcemia)

- Convulsão tetânica (casos graves de hipocalcemia)

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

- Radiografia de ossos longos e esqueleto axial

- Hemograma completo

- Fosfatase alcalina (F.A.)

- Cálcio Total

- Calio iônico

- Fósforo

- Creatinofosfoquinase (CPK)

- Ureia

- Proteínas Totais + Frações

- Paratormôno - PTH

- Vitamina D (Calcidiol - 25 dihidroxi)

Deve-se sempre levar em consideração os possíveis diagnósticos diferenciais, como por exemplo, hiperparatireoidismo secundário renal (HSR), raquitismo, e osteogênese imperfeita.

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário. 

Tratamento

A terapia baseia-se no fornecimento de dieta equilibrada, com níveis balanceados de cálcio e fósforo, bem como no confinamento do paciente a fim de evitar fraturas espontâneas. Além disso, dependendo do quadro clínico do(a) paciente pode ser necessária terapia suporte e suplementação com cálcio. Em casos de fraturas, o(a) médico(a) veterinário(a) responsável irá avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica. 

Nos casos de fraturas em coluna vertebral, o prognóstico é de reservado a ruim devido ao risco de lesão neurológica.

Prevenção

Para prevenir o HSN, é essencial fornecer uma alimentação equilibrada, balanceada e de boa qualidade para que não haja excessos ou faltas para o animal. Além disso, é importante manter sempre as consultas periódicas com o(a) médico(a) veterinário(a)a fim de garantir que o pet esteja amparado e facilitar o diagnóstico precoce caso haja alguma enfermidade. E ao observar qualquer mudança de comportamento ou aparecimento de sinais clínicos, o(a) responsável deve procurar atendimento médico o mais rápido possível.

Referências Bibliográficas

CARDOSO, M. J. L.. In: JERICÓ, M. M.; KOGIKA, M. M.; de ANDRADE NETO, J. P. de. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015. Cap. 184. p. 38371-3867.

DE MACEDO, B. C., COSTA, A. C. S., DE SOUZA, L. A. S., CHAVES, J. F., PINHEIRO, V. D. L. C., SCHWANKE, K., ... & RODRIGUES, D. F. Hiperparatireoidismo secundário nutricional em felino doméstico: Relato de Caso. PUBVET, v. 12, p. 138, 2018.

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