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Tudo sobre: Hipersensibilidade ao Glúten

Introdução

A hipersensibilidade ao glúten é uma doença não contagiosa em cães e gatos. Trata-se de uma resposta mediada pelo sistema imunológico dos pets contra o glúten, que é um tipo de proteína encontrada em cereais como trigo, centeio, aveia e cevada, que podem servir de matéria-prima na fabricação de rações para animais de estimação. Há relatos de um componente hereditário para desenvolvimento precoce desta doença em cachorros da raça Setter Irlandês, no entanto, há evidências que os animais possam desenvolver esta reação ao longo da vida devido ao consumo da proteína.

É de ocorrência considerada frequente em cães e gatos. Não apresentada predisposição de idade, sexo ou sazonalidade. É influenciada pela exposição do pet a dietas com glúten.

É uma doença pertencente ao grupo de reação adversas desencadeadas por alimento. Os componentes do glúten são reconhecidos como estranhos e uma ameaça ao organismo, ativando uma cascata de reações que leva a liberação de diversos mediadores inflamatórios. Sua ocorrência pode determinar sinais relacionados ao sistema gastrointestinal ou se manifestar como afecções de pele, denominadas formalmente como dermatites trofoalérgicas. Os sinais de pele predominam na região de orelhas, cabeça e tronco dos pets.

A persistência das substâncias ativadas durante a reação de hipersensibilidade desencadeia lesões a estruturas presentes no intestino delgado destes animais, denominadas vilosidades intestinais, prejudicando sua função de absorção de nutrientes após a digestão alimentar. Alguns animais podem associar o consumo da ração a desconforto gástrico ou intestinal e tornarem-se resistentes a se alimentarem.

É um importante diagnóstico a se levar em consideração em cães e gatos que apresentam dermatites recorrentes e de difícil resolução, uma vez que dependendo do grau de acometimento e sensibilidade individual de cada pet, nem sempre serão observados sinais do sistema digestório. Os diagnósticos dermatológicos são baseados na exclusão de outras causas comuns de reações da pele, como alergias a ácaros, pulgas, carrapatos e componentes ambientais como grama e poeira, para depois realizar a investigação da hipersensibilidade ao glúten principalmente por meio de testes alimentares. A gravidade da doença é variável, podendo ter sinais leves, moderados, ou até mesmo graves no caso de evoluir para uma reação anafilática.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

- Prurido

- Eritema

- Pápulas

- Alopecia

- Exantema

- Foliculite

- Otite externa

- Êmese

- Diarreia

- Flatulência

- Anemia

- Emagrecimento

- Constipação

- Letargia

- Dor abdominal

- Inapetência

- Hematêmese

- Irritabilidade

- Depressão

- Hiperatividade

- Tenesmo

- Prurido anal

Diagnóstico

- Dieta de eliminação

- Dieta de provocação

- Caninos: Teste de Reação Alimentar (canine Food Reaction Test, cFRT)

- Biópsia intestinal

- Exame de fezes

- Hemograma completo

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário.

Tratamento

A base do tratamento da hipersensibilidade ao glúten é sua eliminação da dieta do cão ou gato. Existem formulações comerciais de rações especiais que eliminam este ingrediente em sua composição, seja pela quebra da proteína ou pelo não uso de grãos, bem como a possibilidade de formulação de dietas caseiras, desde que esta seja realizada por um profissional habilitado. O pet deve consumir esta dieta a partir do diagnóstico e ser acompanhado até a resolução dos sintomas. Além disso, os pets podem receber tratamento suporte para controlar os sinais secundários gastrointestinais ou dermatológicos relacionados à hipersensibilidade a depender da sua gravidade, o que pode incluir o uso de antibióticos, anti-inflamatórios, anti-histamínicos, anti-fúngicos, glicocorticóides, probióticos e outros suplementos alimentares.

Prevenção

As causas da hipersensibilidade ao glúten ainda não são totalmente conhecidas. Apesar da ocorrência da doença ser aparentemente determinada por fatores de predisposição individual, é possível diminuir sua possibilidade de desencadeamento ofertando uma boa nutrição aos animais de estimação com alimentos de qualidade. A investigação precoce de dermatites de difícil resolução e sinais gastrointestinais recorrentes também diminui a ocorrência de complicações secundárias destas afecções e facilita fechar o diagnóstico para início do tratamento.

Referências Bibliográficas

Biesiekierski, J.R . What is gluten? In: J Gastroenterol Hepatol (Review). 32 Suppl 1: 78–81. 2017.

Bhagat, Rakshanda, et al. Food allergy in canines: A review. In: Journal of Entomology and Zoology Studies 5.6, p.1522-1525. 2017.

Braghirolli, E. Alergias alimentares: Abordagem laboratorial para diagnóstico. In: VetScience, 20, p.28-29.2018.

Gaschen, frédéric p.; merchant, sandra r. Adverse food reactions in dogs and cats.In: Veterinary Clinics: Small Animal Practice, v. 41, n. 2, p. 361-379, 2011.

Garden, O.A et al; Inheritance of gluten-sensitive enteropathy in Irish Setters. In: American Journal of Veterinary Research, v. 61, n. 4, p. 462-8, 2000.

Mandigers, Paul et al. Dietary hypersensitivity in cats and dogs. In: Tijdschrift voor diergeneeskunde, v. 135, n. 19, p. 706-10, 2010.

Paterson, S. Food hypersensitivity in 20 dogs with skin and gastrointestinal signs. In: Journal of Small Animal Practice, v. 36, n. 12, p. 529-534, 1995.

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