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Tudo sobre: Infecção do Trato Urinário Inferior

Introdução

O trato urinário inferior é o conjunto da bexiga e uretra, responsável por armazenar e liberar periodicamente a urina produzida no organismo. Em situações fisiológicas, este é um ambiente estéril desde os rins ao início da uretra. Da porção média ao final da uretra, o epitélio é colonizado por bactérias residentes que fazem parte da flora genital do animal.

Quando há invasão intensa dessas estruturas por microrganismos, diz-se genericamente que se trata de uma infecção do Trato Urinário Inferior. É uma condição frequente na clínica de pequenos animais, representando em torno de 40% dos casos de doenças do Trato Urinário Inferior. 

A infecção acontece quando bactérias altamente virulentas ascendem pelo sistema urinário ou quando o organismo do indivíduo apresenta falhas nos mecanismos de defesa - anatômicas ou funcionais, capazes de impedir a colonização bacteriana no epitélio urogenital. As bactérias invasoras têm origem no intestino ou na pele do paciente e ascendem através da uretra, e em casos graves podem chegar aos rins, provocando quadro de pielonefrite.

O fluxo de urina é um mecanismo natural de defesa contra a infecção bacteriana, uma vez que remove grande parte da carga bacteriana em cada micção. Além disso, a própria urina pode ter propriedades bacteriostáticas (impede multiplicação bacteriana) ou bactericidas (elimina a bactéria) em sua composição. Por tal razão, situações que alterem a quantidade e a composição da urina ou ainda a frequência da micção podem predispor o animal a quadros de infecção urinária.

Outros fatores predisponentes são: urolitíases (formação de cálculos/ pedras no sistema urinário), neoplasias, alterações do sistema nervoso, doenças endócrinas, como diabetes mellitus ou hiperadrenocorticismo, e uso prolongado de medicamentos, como corticóides. 

Os quadros de infecção de trato urinário inferior podem ser assintomáticos ou sintomáticos. As manifestações clínicas podem variar de acordo com a espécie e a agressividade da bactéria patogênica e, geralmente, não se associam a sinais sistêmicos, quando há presença de febre, por exemplo, é possível que haja envolvimento renal. 

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

  • Disúria
  • Polaquiúria
  • Estrangúria
  • Hematúria
  • Incontinência urinária

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o médico veterinário pode solicitar:

  • Hemograma completo
  • Urinálise Simples
  • Urocultura com antibiograma
  • Radiografia abdominal
  • Ultrassonografia abdominal
  • Análise de Sedimento

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

É importante descartar outras afecções concomitantes, mas caso estejam presentes, estas também deverão ser tratadas. Após a confirmação da presença de infecção bacteriana e a realização do antibiograma, o(a) médico(a) veterinário(a) clínico(a) pode receitar um antibiótico específico para a infecção, tendo mais chances de sucesso no tratamento. É importante atender as recomendações do(a) médico(a) veterinário(a), bem como realizar o tratamento até o final, mesmo que o animal apresente melhoras clínicas.

Pode ser necessário realizar alterações no manejo, principalmente quanto ao fornecimento de água e/ ou introdução de ração úmida para favorecer a hidratação do(a) paciente e melhorar a produção de urina.

Prevenção

Garantir um bom estado de saúde do animal já auxilia na prevenção de infecções do trato urinário inferior. Um animal corretamente alimentado, com ingestão adequada de água limpa e de qualidade, com vermífugos e vacinações em dia, tem o sistema imunológico fortalecido para combater infecções oportunistas.

Um(a) tutor(a) consciente é responsável pelos cuidados básicos para o bem-estar e saúde de seus animais, a princípio com o fornecimento de uma alimentação equilibrada, balanceada e de boa qualidade para que não haja excessos ou faltas para o animal. É importante incentivar o animal a tomar água frequentemente, colocando bebedouros com água limpa e fresca nos ambientes em que ele mais fica. 

Recomenda-se também manter sempre as consultas, vacinas e vermífugos em dia. O acompanhamento periódico com o(a) médico(a) veterinário(a) garante que seu animal esteja amparado e facilita o diagnóstico precoce caso haja alguma enfermidade. Ao observar qualquer mudança de comportamento ou aparecimento de sinais clínicos, o(a) tutor(a) deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. 

Referências Bibliográficas

VASCONCELLOS, A. L Diagnóstico de cistite em cães - contribuição dos métodos de avaliação. Dissertação (Mestrado) - em Clínica Médica Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, câmpus de Jaboticabal. Jaboticabal, 2012.

Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso
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