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Tudo sobre: Intoxicação por Chumbo

Introdução

O chumbo é um metal pesado tóxico danoso quando absorvido pelo organismo, uma vez que é uma substância completamente estranha para o metabolismo animal em qualquer quantidade, diferente de outros elementos, como o zinco, cobalto e magnésio, por exemplo. 

É um metal tóxico, amplamente utilizado no meio industrial, doméstico, farmacêutico, em construção civil e em mineração. O chumbo é considerado uma neurotoxina, pois caso esteja presente no organismo em concentrações críticas, interfere no metabolismo, causando sinais clínicos da doença conhecida como “saturnismo”, que nada mais é do que o envenenamento por chumbo. 

Animais domésticos podem ser intoxicados ingerindo o chumbo diretamente, o que é incomum, ou quando ingerem objetos que apresentam chumbo em sua composição, como no caso de chumbo de pesca. Quando isso ocorre, é necessária a retirada do objetivo por endoscopia ou por cirurgia antes que o animal apresentem quadros de intoxicação ou obstrução pela presença de objetivo dentro do trato gastrointestinal. A ingestão de corpos estranhos é mais comum em cães do que em gatos, uma vez que esses últimos ingerem mais comumente corpos estranhos lineares. Outras forma menos comum de intoxicação por chumbo ocorrem a partir das vias respiratórias e, neste caso, a absorção é quase que imediata. 

A absorção do chumbo pelo trato gastrointestinal depende de fatores como tempo de jejum, ingestão de proteínas, presença de cálcio, fósforo e ferro na dieta. Dietas pobres em algum desses elementos podem intensificar a absorção de chumbo pelo aparelho digestivo. 

Os animais mais jovens estão mais predispostos a apresentar um quadro de intoxicação, uma vez que nesses animais a absorção do elemento é maior, devido às particularidades dos enterócitos (células do intestino) durante o crescimento. Porém, o saturnismo pode ocorrer em qualquer raça, idade e sexo em cães e gatos. 

Estudos demonstram que o envenenamento por chumbo pode resultar em seu acúmulo em órgão como os rins, coração, pulmões, cérebro, musculatura e ossos. E isso pode levar à alteração da função nervosa, renal, gastrointestinal e reprodutiva. Uma das causas da morte em animais intoxicações por chumbo é a insuficiência respiratória. 

O prognóstico é muito variável, dependendo da quantidade do agente tóxico ingerida pelo animal, do tempo até que haja intervenção médica e da agilidade durante o atendimento. Geralmente quando ocorre ingestão de grandes quantidades do agente, o vômito é estimulado, resultando em eliminação de grandes quantidade. Porém, se o vômito não ocorre, as chances de óbito são grandes, uma vez que a absorção ocorre de forma rápida.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

- Movimentação compulsiva/ agitação (com ou sem interação com o meio ambiente)

- Apatia 

- Tremores musculares

- Miose

- Diarreia

- Bradicardia

- Êmese

- Alteração comportamental. 

- Convulsões (Status epilepticus)

- Vocalização excessiva

- Hiporexia

- Sialorreia

- Morte

Diagnóstico

Associação da anamnese detalhada aos exames físico e complementares. Exames que podem ser solicitados/ realizados pelo(a) médico(a) veterinário(a):

- Hemograma completo

- Proteína total + frações 

- Creatinina

- Ureia

- ALT - TGP

- Dosagem de potássio

- Dosagem de sódio

- Ultrassonografia abdominal

- Radiografia abdominal 

- Endoscopia 

- Laparotomia exploratória

- Radiografia abdominal

- Radiografia torácica (Congestão/ edema pulmonar)

- Radiografia de ossos longos

- Dosagem sérica de chumbo

- Análise de urina, fezes ou leite para a detecção de chumbo 

Observação: A realização e a definição da necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

Como se trata de uma situação de emergência, o animal com suspeita de intoxicação por chumbo deve ser levado o mais rápido possível até um(a) profissional médico(a) veterinário(a) para atendimento intensivo e de acordo com o estado clínico do paciente, pode ser necessária sua hospitalização.

Em pacientes com quadro de acidose metabólica, a fluidoterapia pode ser empregada associada à administração de bicarbonato de sódio. E, em casos de convulsões, drogas anticonvulsivantes podem ser utilizadas. 

É importante que seja determinada, sempre que possível, a causa da intoxicação. A ultrassonografia abdominal e/ ou radiografia abdominal são importantes na detecção de possíveis objetos no trato gastrointestinal do animal. 

O prognóstico é variável e depende do tempo de intoxicação e da quantidade de chumbo ingerida. Quando o diagnóstico é rápido e o tratamento correto é utilizado, o prognóstico é melhor. 

Prevenção

Como prevenção, é indicado que o animal doméstico não tenha acesso livre à rua e que permaneça em locais onde estranhos não tenham acesso, impossibilitando a ingestão de qualquer tipo de alimento que contenha o agente tóxico. Além disso, é recomendado que o animal não tenha acesso a nenhum tipo de objetivo que apresente chumbo em sua composição, tais como anzóis e baterias (de automóveis e motocicletas, por exemplo). 

Referências Bibliográficas

LUCCA, R, P, V; INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO DE CHUMBO POR CÃO DA RAÇA Daschund - RELATO DE CASO; Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR, Umuarama, v. 20, n. 2, p. 79-82, abr./jun. 2017.

OLIVEIRA, F, L, D; BASTOS, R,C; Ingestão de chumbo de pesca em cão - relato de caso; Clín. Vet; 21(121): 42-49, 2016.

PALUMBO, M, I, P; MACHADO, L, H, A; SAKATE, M; CAETANO, D, F; CAGNINI, D, Q; AMORIM, R, L; TAKAHIRA, R, K; LEAD POISONING IN DOG - CASE REPORT; Archives of Veterinary Science. V. 15, n.3, p.157-162, 2010.

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