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Tudo sobre: Intoxicação por metais pesados

Introdução

A intoxicação por metais pesados na clínica de pequenos animais pode ocorrer pelo descarte inadequado de pilhas alcalinas e baterias nos lixos domésticos, por carrapaticidas, contaminantes arsênicos em alimentos e água e por medicamentos mercuriais. 

Tal denominação é utilizada para descrever metais tóxicos como mercúrio, chumbo, cádmio e arsênio. Esses elementos são potencialmente tóxicos a todo tipo de vida, causando danos a diversas atividade biológicas. 

A intoxicação por esses elementos pode ocorrer de forma aguda, quando os animais entram em contanto com grandes quantidades de metal pesado, ou de forma crônica, quando há exposição a pequenas doses por um período prolongado. Atualmente, na medicina veterinária, a toxicidade aguda por metais pesados tem sido incomum, uma vez que o uso de produtos contendo metais pesados destinados a uso animal foi banido.

Acometem cães e gatos, não havendo predileção por gênero e raça. Animais filhotes tendem a mastigar/ engolir objetos encontrados no ambiente com maior frequência, por isso, são mais suscetíveis à intoxicação desta natureza. 

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Depende do tipo de metal pesado e da dose.

- Diarreia

- Êmese 

- Fraqueza

- Hematúria

- Hemoglobinúria

- Icterícia 

- Tosse 

- Dispneia 

- Náusea

- Pirexia 

- Sialorreia 

- Atelectasia

- Epistaxe

- Edema pulmonar

- Hematoquezia

- Diarreia

- Hematêmese 

- Desidratação

- Isquemia

- Edemas cerebrais

- Cegueira 

- Midríase

- Dor abdominal

- Constipação

- Anorexia 

- Apetite depravado 

- Abdome retraído 

- Convulsões 

- Head pressing

- Vocalização

- Ataxia

- Andar em círculos 

- Nistagmo

- Opistótono 

- Espasmos musculares 

- Bruxismo

- Demência

- Reflexos espinais diminuídos 

- Tetraparesia 

- Tetraparalisia 

- Necrose cerebrocortical 

Em gatos, podemos observar ainda:

- Polidipsia

- Poliúria

- Disfagia 

- Megaesôfago 

Diagnóstico

Associação entre anamnese detalhada e exames físico e complementares.

Exames que o(a) Médico(a) Veterinário(a) pode solicitar/ realizar:
- Hemograma 

- Quali-quantificação de elemento químico no sangue, fezes, urina e leite
- Concentração do ácido d-aminolevulínico na urina

- Concentração de zinco protoporfirina na urina (ZPP-u)

- Dosagem da atividade enzimática de ácido delta-aminolevulínico (ALAD)

- ALT- TGP

- AST- TGO

- Ureia

- Creatinina

- Dosagem de eletrólitos
- Urinálise
- Radiografia

A análise toxicológica de amostras colhidas do animal e/ ou do ambiente auxilia na confirmação do diagnóstico de intoxicação por metal pesado, porém é importante ressaltar que falsos-positivos e falsos-negativos podem ocorrer, devendo-se sempre associar todas as informações possíveis. 

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

O tratamento recomendado visa estabilizar as manifestações clínicas de acordo com o tipo de metal pesado que levou a intoxicação e do quadro clínico apresentado. 

Para casos de intoxicação por chumbo, é recomendado a fluidoterapia com cristaloides, controle das convulsões, controle do edema cerebral, antibioticoterapia de amplo espectro, remoção dos corpos estranhos de chumbo (quando presentes) por meio de lavagens gástricas, endoscopia ou cirurgia. 

Para casos de intoxicação por zinco recomenda-se a oxigenoterapia e transfusão sanguínea. 

E, em casos de intoxicação por mercúrio, é recomendado lavagem gástrica, uso de catárticos, substâncias quelantes e, em casos crônicos, uso de medicamentos antidepressivos, analgésicos e tranquilizantes.

Os metais pesados, no geral, apresentam alta reatividade com outros compostos químicos - o que facilita a utilização de agentes quelantes, responsáveis pela formação de complexos químicos que dificultam ou impedem a ligação desses elementos tóxicos com moléculas do organismo animal.

Prevenção

Para prevenir intoxicações por metais pesados em animais, é fundamental realizar o descarte correto de pilhas e baterias, não utilizar produtos que apresentem em sua composição substâncias potencialmente tóxicas e evitar que animais tenham acesso livre à rua, onde podem entrar em contato com qualquer tipo de material. 

Referências Bibliográficas

JERICÓ, M M.; KOGIKA, M. M.; DE ANDRADE NETO, J. P.. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2015.

MONTEIRO, E. S., et al. Intoxicação em cão filhote após ingestão acidental de pilha alcalina - relato de caso. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, n. 20, p.1-9, jan. 2013. Semestral.

NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1468p.

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