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Tudo sobre: Leptospirose

Introdução

A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria espiroqueta do gênero Leptospira sp. É uma zoonose de distribuição mundial responsável por grandes impactos sanitários, econômicos e sociais devido às suas implicações em saúde pública e prejuízos na produção e reprodução animal. 

A bactéria entra no organismo por penetração ativa na pele ou mucosa, multiplica-se na circulação sanguínea e pode produzir lesões em vários órgãos e sistemas, mais comumente em fígado e rins, e é eliminada para o ambiente principalmente através da urina. A gravidade da doença pode depender da idade e imunidade do paciente, bem como de características próprias do agente causador. Em alguns casos a evolução pode culminar em óbito.

Os ratos são os principais reservatórios da doença. Atuam como disseminadores da bactéria viva no meio ambiente. Sua urina pode contaminar água, solo e alimentos tornando-os fonte imediata de infecção. Os cães também atuam como importantes mantenedores dessas bactérias no ambiente urbano e estão muitas vezes relacionados com casos de leptospirose humana devido ao seu estreito convívio com o homem.

A infecção por Leptospira sp. é altamente difundida entre caninos e felinos, porém muitas vezes os animais não apresentam sinais clínicos, não são diagnosticados e tratados e continuam transmitindo a bactéria, o que contribui para a persistência e propagação dos focos dessa zoonose. A manifestação da doença em gatos é rara.

A incidência de casos de leptospirose aumenta quando as condições sanitárias declinam. Locais próximos a lixões, com saneamento básico precário, alta densidade demográfica, infraestrutura comprometida tendem a facilitar o aumento de roedores sinantrópicos e a exposição tanto de humanos quanto de animais domésticos à urina contaminada. Em regiões quentes e em épocas de mais chuva, há maior número de casos, pois as leptospiras sobrevivem no ambiente em temperaturas mais elevadas e alto índice de umidade.

Um olhar especial deve ser direcionado àqueles que vivem na zona rural, pois a população de roedores silvestres, que vivem em locais onde o fornecimento de alimento é abundante (galpões de ração, plantações de milho e soja) também transmite a leptospirose para os animais de produção, animais de companhia e humanos. 

Transmissão

- Contato direto

- Penetração ativa

- Urina

- Sangue

- Saliva

- Transplacentária

- Sexual

Manifestações clínicas

Assintomático

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

- Pirexia

- Anorexia

- Êmese

- Desidratação

- Poliúria

- Polidipsia

- Mucosas pálidas

- Icterícia

- Diarreia

- Apatia

- Letargia

- Dor

- Fraqueza

- Melena

- Hematúria

- Oligúria

- Anúria

- Taquicardia

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o médico veterinário pode solicitar:

- Hemograma completo

- ALT – TGP

- AST – TGO

- Bilirrubinas (Direta, Indireta e Total)

- Creatinina

- Fosfatase Alcalina (F.A.)

- Albumina

- Fósforo

- Sódio

- Cálcio

- CPK (creatinofosfoquinase)

- Urinálise simples

- Leptospirose – Método Microaglutinação – Canina 

- Leptospirose – Método Pesquisa de Campo Escuro

- Leptospirose (PCR)

- Imunoglobulina M (IgM)

- Análise de Líquor

- Histopatológico com coloração Especial

- Ultrassonografia abdominal

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário. 

Tratamento

O protocolo terapêutico varia de acordo com a gravidade e evolução do quadro clínico. O médico veterinário pode recomendar a internação do paciente para reposição de fluidos, eletrólitos e glicose. Para o combate da infecção pode prescrever antibióticos de uso individual ou combinado.

Prevenção

Como uma zoonose de tamanha relevância, o controle efetivo da leptospirose envolve a atenção das instituições públicas e privadas num apoio mútuo e cooperativo para a implantação de um programa de saúde pública adequada, que tenha como fundamentos a higiene, a vacinação de animais e diagnóstico precoce com tratamento apropriado. Bem como investimentos em infraestrutura, controle das populações de roedores sinantrópicos e das populações de cães e gatos errantes.

No que se diz respeito ao cuidado individual do tutor, este deve evitar o contato dos seus animais de companhia com roedores, isso inclui evitar que os animais saiam sem supervisão, tenham acesso a áreas de alagamento, lixões e animais de rua.

É fundamental manter a vacinação atualizada, desde filhote, pois a maioria das vacinas disponíveis no mercado também protege contra os principais tipos de Leptospira sp. Para animais que vivem em zona rural, deve-se evitar que tenham acesso a restos placentários e restos de abate de animais de produção que podem ser fontes de infecção. 

Referências Bibliográficas

CASTRO, J.R. et al. Leptospirose canina - Revisão de literatura. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 31, Ed. 136, Art. 919, 2010.

MARIANI, O. M. et al. Tratamento da leptospirose canina: revisão sistemática. Investigação, 14(6):31-37, 2015

OLIVEIRA, S. V. et al. Reservatórios animais da leptospirose: Uma revisão bibliográfica. Saúde (Santa Maria), v.39, n.1, p. 9­20, 2013.

PARREIRA, I. M. Aspectos epidemiológicos da infecção por Leptospira spp. em felinos domésticos (Felis catus) aparentemente sadios da região metropolitana de Goiânia, Goiás. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária, 2009.

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