Tudo sobre: Leucemia Linfoide
Introdução
A medula óssea é o conteúdo no interior dos ossos responsável pela produção de componentes do sangue, como os glóbulos vermelhos e glóbulos brancos. Os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos, são os agentes de defesa do organismo, ou seja, responsáveis por combater as infecções de agentes causadores de doenças como vírus, bactérias, fungos e outros.
Leucemia é o nome que se dá ao câncer dos tecidos de formação das células do sangue. Quando esse câncer afeta as células formadoras dos glóbulos brancos, chamadas de células linfóides, a doença é chamada de Leucemia linfóide. Nesses casos, os glóbulos brancos passam a se produzir de maneira descontrolada, apresentando defeitos e perdendo sua função de defesa do corpo.
Em cães e gatos, podem ocorrer principalmente duas formas de leucemia linfóide, a leucemia linfoblástica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC). A leucemia linfocítica crônica é bastante rara em gatos e quando ocorre em cães geralmente é observada em animais machos e idosos. Os sintomas podem ser inespecíficos ou até ausentes, mas quando o animal apresenta sinais eles são principalmente perda de peso, diminuição do apetite, febre e a diminuição da atividade.
Cães adultos e de meia-idade são os mais acometidos pela outra forma da doença, a leucemia linfoblástica aguda, mais comum aos cães domésticos, mas também rara em gatos. Em todos os casos de leucemia, a imunidade do animal é comprometida e o organismo fica sujeito a outras infecções oportunistas. Na LLA, além dos sinais inespecíficos já listados, o animal apresenta também sintomas gastrintestinais e hemorragias.
Transmissão
-Não se aplica
Manifestações clínicas
Assintomático
Sinais inespecíficos:
-Letargia
-Emagrecimento
-Pirexia
-Hiporexia
-Apatia
-Poliúria
-Polidipsia
-Linfadenomegalia
-Esplenomegalia
-Hemorragia
-Petéquias
Diagnóstico
Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.
Exames que o médico veterinário pode solicitar:
-Hemograma completo
-Biópsia
-Teste de Coombs
-Pesquisa de Ehrlichia canis
-Plaquetas
-Albumina
-Imunoglobulina A (IgA)
-Imunoglobulina G (IgG)
-Imunoglobulina M (IgM)
-Radiografia
-Ultrassonografia
-Albumina
-Ureia
-AST – TGO
-ALT – TGP
-Gama GT
-CPK (creatinofosfoquinase)
-Fosfatase Alcalina (F.A.)
Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário.
Tratamento
O tratamento para leucemia linfóide deve ser estabelecido por um médico veterinário especializado em oncologia e individual para cada paciente. A quimioterapia apresenta efeitos tóxicos ao organismo que devem ser continuamente avaliados para que o tratamento seja efetivo sem causar danos maiores do que aqueles causados pela própria doença. Fêmeas prenhes não devem ser submetidas a tratamento quimioterápico durante a gestação sob pena de prejuízos graves ao desenvolvimento dos filhotes. Transfusõe
Prevenção
Nos gatos a infecção pelo vírus da leucemia felina (FeLV) pode estar associada ao desenvolvimento da leucemia linfoblástica aguda, portanto a prevenção da infecção também é preventiva para a leucemia linfóide.
Referências Bibliográficas
ACOSTA, I. C. et al. Leucemia linfoblástica aguda em cão: Relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 2, p. 40-41, 2011.
DE ALENCAR, Nayro Xavier et al. Leucemia linfocítica crônica em cão: relato de caso. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 15, n. 3, 2008.
MOTHÉ, Gabriele Barros et al. Linfocitose extrema associada à leucemia linfoblástica aguda (LLA) de células T em um cão jovem: relato de caso. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 26, n. 4.
TOMAZ, Klivio Loreno Raulino; DO VALE, André Menezes; SOTO-BLANCO, Benito. Leucemia linfoblástica aguda em um cão. Acta Scientiae Veterinariae, v. 41, n. 1, p. 1-5, 2013.