Tudo sobre: Neoplasia de bexiga
Introdução
As neoplasias da bexiga ocorrem mais frequentemente nos cães do que nos gatos, sendo os carcinomas de células transicionais o tipo neoplásico mais comum. Os carcinomas de células transicionais acometem bexigas de cães e gatos e incluem carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma, fibrossarcoma, leiomiossarcoma, neurofibrossarcoma, rabdomiossarcoma e hemangiossarcoma. Dentre os tumores benignos, temos os fibromas, leiomiomas, hemangiomas, rabdomiomas, mixomas e neurofibromas. As metástases de outros tumores para a bexiga têm baixa ocorrência, embora possa ocorrer a difusão de tumores prostáticos e uretrais. Os cães com tumores vesicais muitas vezes apresentam tumores em outro local simultaneamente.
Os cães mais velhos e com peso acima de 10kg são mais comumente acometidos, entretanto rabdomiossarcoma botrióide que é extremamente raro, pode acometer cães jovens de raças de grande porte e gatos jovens. As cadelas e gatos machos são de maior risco para o desenvolvimento de câncer na bexiga.
Por causa da natureza maligna de muitos tumores do trato urinário inferior, o prognóstico é reservado. A sobrevida é em torno de um ano independentemente da modalidade do tratamento. A quimioterapia pode permitir aos cães com tumores na bexiga sobreviver por períodos mais longos do que aqueles submetidos somente à cirurgia.
A sobrevivência média em gatos com carcinomas de células transicionais da bexiga foi avaliado em 261 dias, e foi demonstrado ser mais prevalente em gatos machos, embora essa condição seja incomum na espécie.
Transmissão
-Não se aplica
Manifestações clínicas
-Hematúria
-Polaciúria
-Estrangúria
-Disúria
-Incontinência urinária
-Claudicação
-Dispneia
Ao exame físico realizado pelo médico veterinário pode ser possível perceber:
-Massa abdominal caudal
-Prostatomegalia
-Distenção vesical
-Dor abdominal
-Fraqueza
-Linfadenopatia
-Tosse
Diagnóstico
-Radiografias abdominais
-Cistografia de contraste duplo
-Ultrassonografia abdominal
-Radiografias torácicas para pesquisa de metástases
-Citologia por aspiração com agulha fina guiada por ultrassom
-Cistografia retrógrada
-Hemograma completo
-Perfil bioquímico
-Urinálise
-Cultura de urina
-Biópsia transuretral
Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).
Tratamento
O animal deve ser estabilizado antes do procedimento cirúrgico com fluidoterapia, sondagem, correção dos distúrbios eletrolíticos e ácido base. O eletrocardiograma deve ser realizado previamente se possível para avaliar possíveis arritmias.
O tratamento para tumores de bexiga deve ser feito com excisão cirúrgica e/ ou quimioterapia adjuvante. Caso a neoplasia ocupe uma área muito extensa da bexiga e não seja possível retirar cirurgicamente, é indicado o uso de antiinflamatório, porém pode ocorrer irritação da mucosa gástrica sendo necessário suspender o uso.
Prevenção
-Não se aplica
Referências Bibliográficas
FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. 4° edição, p.767-771, 2014.
TELLES, S.A. Carcinoma de células de transição de bexiga em cão: Relato de caso. PUBVET, v.11, n.1, p.82-86, 2017.