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Tudo sobre: Neoplasias esofágicas

Introdução

O esôfago é um canal musculoso por onde passa o alimento ingerido até chegar ao estômago. Sua musculatura contrai de forma involuntária, possibilitando a ingestão de alimentos mesmo quando o organismo não está em posição vertical. 

Neoplasias esofágicas são os tumores (câncer) que acometem o esôfago. Em humanos, são relacionadas ao consumo de álcool e tabaco e também são considerados os tumores mais comuns do sistema digestório. Já para cães e gatos, as neoplasias esofágicas são bastante raras. De modo geral, os tumores do sistema digestório não são muito presentes nos cães e as neoplasias esofágicas representam ainda, apenas 5% desses tumores. 

Tumores localizados em órgãos adjacentes ao esôfago podem evoluir de tal forma que ocorra infiltração do tumor na parede do esôfago, sendo classificada como neoplasia secundária. Nos cães podemos verificar que a maior ocorrência de neoplasias de esôfago está relacionada à metástase, que é quando um tumor evolui a ponto de células tumorais se deslocarem para se alojar em outro órgão, causando um segundo tumor de mesma origem. Carcinomas de origem linfática e pulmonar são frequentemente causadores de metástases que podem atingir o esôfago.

As neoplasias esofágicas não apresentam predileção por sexo ou raça, porém animais idosos são mais acometidos. Os tumores do tipo primário (originados no esôfago) nos cães e gatos não têm uma causa definida, porém sabe-se que as neoplasias esofágicas primárias nos cães podem estar associadas ao parasitismo pelo verme Spirocerca lupi. Este parasita causa a doença chamada espirocercose, que tem como principal manifestação no organismo a formação de lesões (feridas) na parede do esôfago e estômago. As lesões provocadas pelo alojamento do parasita no esôfago podem dar origem, então, a uma neoplasia esofágica.

O animal pode permanecer assintomático por um período prolongado, porém com o desenvolvimento do tumor e o aumento em seu tamanho, os sinais relativos à obstrução do esôfago causada pela massa tumoral começam a aparecer e incluem dificuldades de engolir o alimento, salivação intensa e em alguns casos até complicações respiratórias como pneumonia por aspiração de alimentos ou saliva já que a deglutição fica prejudicada.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Assintomático

-Apatia

-Anorexia

-Emagrecimento

-Êmese 

-Diarreia

-Disfagia

-Sialorreia

-Halitose

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, histórico do animal e exames.

Exames que o médico veterinário pode solicitar:

-Radiografia

-Esofagoscopia

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário. 

Tratamento

O tratamento das neoplasias esofágicas pode incluir a remoção cirúrgica do tumor, porém essa abordagem apresenta diversas dificuldades pela localização do esôfago no organismo. Também os cuidados após cirurgias no esôfago devem ser rigorosos, pois o rompimento de pontos poderá ocorrer. 

Além do tratamento cirúrgico, pode ser realizada a quimioterapia, sempre com acompanhamento de um médico veterinário. E em alguns casos, pode ainda ser indicada radioterapia como adjuvante no tratamento quimioterápico.

Prevenção

Nos casos em que o animal apresenta diversas metástases tumorais e nos casos em que não é possível a remoção cirùrgica pelo tamanho e localização do tumor, a expectativa de vida pode não ser grande, porém cada caso deve ser analisado individualmente por um profissional capacitado.

Animais que respondem bem ao tratamento cirúrgico (possibilidade de remoção total do tumor) apresentam boa recuperação e manutenção da qualidade de vida. Informações sobre casos de tumores malignos e com tratamento quimioterápico exclusivo ou com radioterapia ainda são escassos e não se conhece bem as chances de recuperação total.

Referências Bibliográficas

CANEZIN, Renato et al. ESPIROCERCOSE: REVISÃO DE LITERATURA. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Ano VI – Número 11 – Julho de 2008.

MORTE, Roberta Ferreira da Boa et al. Estenose esofágica cervical secundária à esofagite em um felino SRD. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Brasil.

PINTO, Thadeu Mourão et al. Esofagectomia torácica parcial no tratamento de leiomioma em esfíncter esofágico inferior de cão. Acta Scientiae Veterinariae, v. 38, n. 1, p. 81-84, 2010.

SILVA, Elayne Cristine Soares; PINA, Fábio Luiz Silva; TEIXEIRA, Marcelo Weinstein. Diagnóstico e tratamento da estenose esofágica pela via endoscópica em cão: relato de caso. Ciência Animal Brasileira, v. 11, n. 2, p. 465-470, 2010.

VIVES, Patrícia Silva. Aspecto cirúrgico das esofagopatias obstrutivas em cães e gatos. 2004. Monografia (Especialização). Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, RS, Brasil. 2004.

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