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Tudo sobre: Pancreatite

Introdução

Assim como acontece em seres humanos, a pancreatite em cachorros e gatos é caracterizada pela infiltração de células inflamatórias no pâncreas e pode ocorrer de forma aguda ou crônica, ou seja, repentinamente como resposta a algo que tenha ocorrido com o pet (como a ingestão de alimentos gordurosos em grande quantidade em um único dia, por exemplo) ou pelo acúmulo desta resposta inflamatória ao longo do tempo. As manifestações clínicas, porém, podem ser muito similares independentemente do tipo de pancreatopatia nos pets.

Os fatores de risco associados à pancreatite aguda são idiopático (desconhecido), por obstrução do ducto pancreático (comumente ocasionado por neoplasias), triglicérides alto, raças predispostas, dieta (gordurosa, subnutrição), traumatismo (fratura, cirurgia), excesso de cálcio no organismo, medicamentos, toxinas e infecções parasitárias. Há a possibilidade que esses fatores ocorram em conjunto desencadeando a pancreatite em cães e gatos. Esses fatores causam liberação irregular da enzima tripsina acarretando destruição pâncreas, o que requer atendimento veterinário rápido para o diagnóstico e tratamento correto o quanto antes.

A pancreatite aguda acomete tanto cães quanto gatos. Cães de meia-idade ou idosos apresentam maior incidência da doença, e as raças com maior predisposição são cães Terriers e da raça Schnauzer Miniatura. Em gatos, a incidência é maior em animais a partir dos sete anos e em gatos domésticos de pelo curto. Não há comprovação de predisposição sexual.

A pancreatite aguda em felinos pode surgir como pancreatite aguda necrosante ou pancreatite aguda supurativa. Essa divisão baseia-se na necrose ou infiltração neutrofílica (de glóbulos brancos, chamados popularmente como "glóbulos de defesa").

A pancreatite crônica em pets apresenta alterações permanentes, interligada à fibrose e atrofia e associada ainda, à inflamação. A pancreatite crônica pode levar a diabetes melito e insuficiência pancreática exócrina. Em cães, há uma baixa prevalência de pancreatite crônica, mas autores relatam que essa baixa prevalência é devido aos sinais leves e inespecíficos. Mas em gatos, há uma maior incidência dessa doença.

Há a pancreatite crônica idiopática, com causa desconhecida, que ocorre na maioria dos animais. Em cães, não há relação com raça e idade. Em gatos, os domésticos de pelo curto são os mais atingidos. A pancreatite crônica pode progredir da pancreatite aguda, assim, quando as lesões evidenciam as duas classificações de pancreatite é denominado pancreatite crônica ativa ou pancreatite "aguda em crônica", entretanto, há casos de pancreatite crônica com etiologia separada.

Em cães da raça Cocker Spaniel Inglês ocorre uma forma particular de pancreatite crônica, acarretada por uma desordem imunomediada, uma espécie de resposta inesperada do sistema imune. Essa apresenta maior incidência em cachorros de meia-idade a idosos e machos.

Transmissão

A pancreatite não é uma doença transmissível.

Sintomas de pancreatite em cães e gatos

Em cachorros, os sintomas de pancreatite, dependem da gravidade, mas podem incluir:

  • Dor abdominal discreta a aguda
  • "Posição de prece" (membros torácicos/ anteriores no chão e membros pélvicos/ posteriores esticados)

Em gatos, os sintomas de pancreatite podem ser

  • Excesso de sede
  • Micção em maior quantidade
  • Problemas respiratórios e falta de ar
  • Queda da temperatura corporal
  • "Massa" abdominal
  • Líquido livre em abdômen

Sinais de pancreatite tanto em cachorros quanto em gatos:

  • Diarreia
  • Anorexia
  • Apatia
  • Fezes com sangue
  • Mucosas pálidas e amareladas
  • Desidratação
  • Vômito
  • Perda de peso
  • Manchas ou "pústulas" pelo corpo
  • Distúrbios respiratórios
  • Choque cardiovascular

Diagnóstico de pancreatite em pets

O diagnóstico da pancreatite em gatos e cachorros pode ser feito por meio do histórico do animal junto a um exame físico detalhado e exames complementares solicitados pelo médico-veterinário como, por exemplo:

  • Hemograma completo
  • Perfil bioquímico
  • Urinálise
  • Radiografia abdominal
  • Ultrassonografia abdominal
  • Tomografia computadorizada
  • Atividade amilase e lipase
  • Avaliação da atividade lipase no fluído peritoneal
  • Atividade imunorreativa da tripsina
  • Dosagem do peptídeo ativador do tripsinogênio
  • Atividade imunorreativa à lipase canina e felina no soro
  • Biópsia pancreática
  • Citologia

A realização desses exames, assim como a necessidade de outros, fica a critério do médico-veterinário, sempre pensando no melhor para o pet.

Tratamento de pancreatite em cachorro e gato

O tratamento deve ser realizado o mais rápido possível. Recomenda-se o tratamento terapêutico médico, buscando manter ou restaurar a perfusão pancreática, recuperar o equilíbrio hidroeletrolítico por meio da fluidoterapia ("soro"), e realizar uma abordagem terapêutica adequada para dor e sinais gastrointestinais.

De acordo com o caso, o médico-veterinário pode recomendar o tratamento cirúrgico.

Prevenção

  • Não se aplica

Referências Bibliográficas

FERNANDES, C. C. E. Pancreatite em animais de companhia. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) – Escola de Ciências e Tecnologia, Universidade de Évora, Évora, 2015. 

MARCATO, Juliana A. Pancreatite em cães. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) – Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.

MOREIRA, Thaís A. et al. Patologias pancreáticas em cães: revisão de literatura. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zootecnia, v. 20, n. 2, p. 109-115, abr./jun., 2017. 

NELSON, Richard W. et al. Medicina Interna de Pequenos Animais. Ed. Elsevier, ed. 5, cap. 40, 2015. 

Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso
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