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Tudo sobre: Paralisia do Carrapato

Introdução

Os carrapatos duros, como são chamados os artrópodes pertencentes à família Ixodidae, são apontados como transmissores de diversas doenças entre humanos e animais, porém em alguns países, como Estados Unidos e Austrália, são descritas espécies desses carrapatos que carregam na saliva uma toxina (neurotoxina) capaz de causar doença neurológica. Ao contrário das doenças popularmente conhecidas, em que o carrapato atua apenas como agente transmissor da patologia, neste caso é o próprio carrapato o causador direto da enfermidade.

No Brasil, tem-se conhecimento de apenas dois casos em cães, um Fila brasileiro e um Chow chow, uma vez que não são encontradas comumente as espécies mais prováveis de causar essa afecção. A toxina apenas encontra-se presente na saliva do carrapato muitas horas após o início da alimentação, portanto, a paralisia do carrapato ocorre nos casos em que existe a infestação persistente de carrapatos no animal. 

Como a toxina atua diretamente no sistema nervoso, o animal geralmente apresenta sintomas nervosos graves como paralisia ou fraqueza e falta de coordenação motora.

Transmissão

-Picada de artrópodes

Manifestações clínicas

- Ataxia

- Emagrecimento

- Caquexia

- Apatia

- Anorexia

- Letargia

- Fraqueza

- Nistagmo

- Paresia

- Paralisia

Diagnóstico

O diagnóstico é feito pela presença do carrapato causador da doença juntamente com avaliação clínica.

Exames que podem ser solicitados:

- Hemograma completo

- Urinálise simples

- Albumina

- Imunoglobulina A (IgA)

- Imunoglobulina G (IgG)

- Imunoglobulina M (IgM)

- Ureia

- AST – TGO

- ALT – TGP

- Fósforo

- Gama GT

- CPK (creatinofosfoquinase)

- Fosfatase Alcalina (F.A.)

*O Diagnóstico de paralisia do carrapato é basicamente clínico.

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

O tratamento da paralisia do carrapato consiste na remoção de todos os carrapatos presentes no animal. A melhora dos sintomas é observada de algumas horas até dois dias após a remoção dos carrapatos. Dependendo da severidade dos sintomas apresentados pode ser necessária a internação do(a) paciente para que seja realizada a terapia suporte, principalmente a respiratória.

Se o diagnóstico e tratamento não forem estabelecidos no tempo adequado, a falta de tratamento pode levar o(a) paciente a óbito.

Prevenção

A infestação por carrapatos em cães e até em gatos pode causar anemia, transmitir doenças infecciosas e causar dermatites provocadas pela coceira, além de ser um grande incômodo ao animal. O combate da infestação deve ser realizado tanto no animal como no ambiente para ser eficiente, pois o local onde o animal vive também abriga uma grande quantidade de ovos e larvas de carrapato. 

Banhos regulares e tosas auxiliam principalmente na observação mais atenta do animal, e banhos com produtos carrapaticidas podem ser utilizados para o controle, porém nesse caso deve-se obrigatoriamente realizar a aplicação de carrapaticidas no ambiente ao mesmo tempo, sempre considerando as instruções do fabricante e tomando os devidos cuidados para que os animais não entrem em contato com os produtos. 

Existem coleiras impregnadas com compostos carrapaticidas que podem ser utilizadas, ajudando no controle da infestação por longos períodos. Medicamentos por via oral também atuam com bastante eficácia na erradicação dos artrópodes, além de produtos de aplicação tópica local, sendo indicada a consulta com um(a) médico(a) veterinário(a) para maiores esclarecimentos. 

A higiene ambiental, principalmente do onde local onde o animal dorme, a exposição ao sol de camas e casinhas ou ainda a utilização de vassoura de fogo no ambiente são medidas auxiliares ao uso de produtos carrapaticidas.

Referências Bibliográficas

ATWELL, R. B.; CAMPBELL, F. E.; EVANS, E. A. Prospective survey of tick paralysis in dogs. Australian veterinary journal, v. 79, n. 6, p. 412-418, 2001.

GUERNIER, Vanina et al. Use of big data in the surveillance of veterinary diseases: early detection of tick paralysis in companion animals. Parasites & vectors, v. 9, n. 1, p. 303, 2016.

REMONDEGUI, Carlos. Tick paralysis cases in Argentina. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 45, n. 4, p. 533-534, 2012.

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