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Tudo sobre: Prolapso Retal

Introdução

O prolapso retal é a saída da parte interna do reto (porção final do intestino) para o meio externo, ou seja, a mucosa intestinal fica exposta e tem um aspecto semelhante à hemorroida, com uma massa avermelhada e firme saindo do ânus, com tamanho variável. Se esta porção do reto ficar exposta muito tempo, a região pode tornar-se escurecida devido à necrose da mucosal.

O prolapso retal reflete uma movimentação exagerada do intestino, ou seja, os movimentos normais deste órgão (peristaltismo) estão ocorrendo de forma exagerada. O aumento do peristaltismo intestinal acontece por diversos fatores, como em consequência de diarreia, intensa infestação por vermes e obstrução por corpos estranhos. Os filhotes são os mais acometidos e, na maioria das vezes, são aqueles animais que não receberam o protocolo de vermifugação e estão acometidos por diferentes verminoses. Em gatos, o prolapso retal pode estar associado à obstrução da uretra, ou seja, o animal tem uma obstrução no trato urinário e não consegue urinar, por isso ele faz uma força excessiva que reflete no reto, gerando prolapso da sua mucosa

A presença de pedaços de ossos ou plástico que foram mastigados e engolidos (corpos estranhos) e, após passagem pelo trato gastrintestinal, ficam presos no final do intestino, também estimulam o animal a fazer muita força na tentativa de expulsá-los podendo ocorrer o prolapso de reto. 

Animais com prolapso retal recorrente precisam passar por uma inspeção geral para descobrir uma possível causa primária, como alguma doença intestinal crônica que resulta em diarreia persistente. 

A reposição deve ser feita o mais rapidamente possível para evitar o comprometimento deste órgão, normalmente sob sedação. Apenas o profissional poderá confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de acometimento. Quanto mais tempo essa região fica exposta, maiores são os danos e a dificuldade de tratamento.

Transmissão

- Não se aplica

Manifestações clínicas

- Massa vermelha e firme saindo do ânus
- Incômodo e dor
- Tenesmo
- Distensão abdominal
- Disquesia
- Hemorragia local

Diagnóstico

-Inspeção e palpação

Observação: A realização e a definição da necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

A mucosa saudável deve ser reposicionada para o interior através de manobra com instrumento específico e com o mínimo de trauma possível por um profissional capacitado. O ideal é realizar o procedimento sob anestesia devido à dor intensa. Antes da recolocação do reto, a mucosa exposta deverá ser limpa de forma abundante com solução fisiológica. Em alguns casos, é preciso utilizar gelo e açúcar por alguns minutos para diminuir o inchaço e conseguir reduzir o prolapso. Se houver fezes ressecadas no final do intestino, recomenda-se remover. 

Após reposicionamento, é realizada uma sutura ao redor do ânus, chamada de “bolsa de fumo”, para mantê-lo fechado, deixando um pequeno orifício para saída das fezes. Ao mesmo tempo, o animal deve ser vermifugado e iniciar um manejo clínico com alimentação pastosa e utilização de produtos para deixar as fezes com consistência pastosa (como óleo mineral e lactulose) por cerca de 10 dias. Se o prolapso for causado pela presença de corpo estranho, este deve ser removido e é preciso avaliar se não houve nenhum dano ao tecido, podendo ser necessário uso de antibióticos. 

Nos casos em que a redução não é possível por algum motivo ou quando o tecido já está necrosado, pode ser necessária ressecção (remoção cirúrgica) da parte exposta. O tecido é removido cirurgicamente e uma sutura específica é realizada para correta cicatrização do reto. Nos casos em que o prolapso torna-se recorrente, além da redução, sutura parcial do ânus e manejo dietético, uma técnica chamada “colopexia” pode ser necessária. Nesta cirurgia, há abertura do abdômen e a parede externa de uma porção mais final do intestino grosso (cólon) é suturada na musculatura da parede abdominal, impedindo que o intestino se prolongue o suficiente para causar um novo prolapso. 

Nos felinos, é preciso avaliar o sistema urinário e descartar problemas como obstrução uretral por cálculos ou inflamações diversas características da espécie.

Prevenção

Seguir o protocolo de vermifugação passado pelo(a) Médico(a) Veterinário(a) é essencial para evitar o problema, principalmente em filhotes. Não se deve fornecer alimentos impróprios que causam diarreia ou que podem formar corpos estranhos no trajeto final do intestino (ossos, por exemplo). Quando o animal apresenta o quadro por uma segunda vez, a cirurgia de colopexia pode ser vista como uma forma de prevenir um novo prolapso.

Referências Bibliográficas

CUNHA, M.G.M.C. et al. Rectal prolapse secondary to vesicourachal diverticula in a cat. Ciência Animal, v.25, p.35-39, 2015.

ENGEN, M.H. Tratamento do prolapso retal. In: Bojrab, M.J. Técnicas atuais em cirurgia de pequenos animais. 2005. 3ed. São Paulo: Roca. p.246-249.

NELSON, R.W., COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 2015. 5ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1468p.

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