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Tudo sobre: Ruptura muscular, Ligamento e Tendão

Introdução

Os músculos, ligamentos e tendões são estruturas que fazem parte do sistema locomotor, sendo fundamentais para a adequada movimentação. Eles também possuem outras funções de acordo com sua localização, por exemplo, o diafragma, que é um músculo responsável pela respiração. Existem ligamentos na região pélvica que auxiliam na dilatação do canal do parto em fêmeas, e tendões que podem ser parcialmente seccionados para enxerto em outros locais. São estruturas fortes, porém com certa elasticidade e são classificadas da seguinte maneira: músculo são formados pelo tecido muscular básico; tendões são formados por tecido conjuntivo e correspondem à porção inicial e final dos músculos (conectam os músculos aos ossos) e ligamentos, também formados por tecido conjuntivo, conectam um osso ao outro. 

Traumas de todos os tipos podem levar à laceração destas estruturas: atropelamentos, pancadas, feridas perfuro-cortantes, quedas, brigas, entre outros. Além do dano direto, pode ocorrer de forma conjunta hemorragias e lesões nervosas, pois vasos e nervos possuem trajetos próximos na maioria das vezes. Se a ruptura de um músculo, ligamento ou tendão não for tratada rapidamente, eles sofrem um processo de retração, ou seja, se encurtam, levando a danos crônicos como dor e incapacidade de movimentação. Além disso, a exposição destas estruturas pode gerar infecção por diversos agentes, como bactérias e fungos. 

As lesões mais comuns acontecem nos membros e comprometem a função de locomoção dos cães e gatos acometidos. A gravidade e a complexidade do tratamento dependem de qual estrutura foi comprometida. Os ligamentos intra-articulares, por exemplo, demandam tratamentos mais complexos e causam mais problemas, podendo se romper até mesmo por causas degenerativas, ou seja, desgastam-se com o tempo e durante movimentos normais se rompem, como ocorre no joelho. Principalmente os cães, quando submetidos a exercícios muito intensos, podem sofrer esses tipos de lesões, por esforço excessivo ou degeneração mais rápida.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

- Claudicação

- Paresia

- Ataxia

- Mialgia

- Hemorragia

- Apatia

- Dificuldade em se movimentar, em levantar e sentar

Diagnóstico

- Exame clínico e ortopédico associado ao histórico do paciente

- Visualização direta da ruptura na inspeção

- Ultrassonografia

- Radiografia

- Tomografia computadorizada

- Ressonância magnética

Observação: A realização e a definição da necessidade destes e outros exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

As possibilidades de tratamentos são muito amplas e dependem de qual estrutura específica foi lesionada. O tempo da lesão, a extensão do problema e o porte do animal também interferem nessa escolha. O manejo terapêutico com analgésicos e anti-inflamatórios é sempre recomendado nesses casos. Após a realização do tratamento escolhido, é fundamental a manutenção do paciente em repouso e muitas vezes são utilizados métodos temporários de imobilização do local afetado. 

Pode ser feita uma sutura (“pontos” cirúrgicos) direta do músculo, ligamento ou tendão, com fio e padrão específicos. Os tendões mais robustos precisam ser suturados com fios que não são absorvidos pelo organismo, como o náilon cirúrgico. Para musculatura e ligamentos, normalmente os fios de sutura são aqueles que, com o tempo, são absorvidos pelo próprio organismo. A sutura primária, que é um tratamento de menor complexidade, é uma opção de tratamento nas lesões musculares, que também são mais tratadas de forma clínica com repouso, medicamentos e bandagens. 

Normalmente os ligamentos não são suturados diretamente. Existem casos onde o tratamento é apenas conservativo, com imobilização temporária, em outros são feitas técnicas de reconstrução com material sintético ou até tratamentos mais complexos que envolvem osteotomias (cortes ósseos). Há quadros nos quais a ruptura ligamentar pode comprometer de forma permanente o animal e outros onde esse problema não gera nenhuma consequência. 

As rupturas tendíneas costumam exigir tratamento cirúrgico, por sutura primária ou enxerto (utiliza-se material sintético ou do próprio animal para remendar o tendão lacerado). O pós-operatório é complexo e, até que o processo de cicatrização esteja completo, é preciso imobilizar o local com bandagens/ talas ou implantes ortopédicos. 

Como toda lesão ortopédicas, as rupturas de músculos, tendões e ligamentos evoluem de forma mais satisfatória com fisioterapia. Modalidades que aceleram a cicatrização, controlam a dor e estimulam a movimentação são as mais recomendadas.

Prevenção

A melhor maneira de prevenir quaisquer danos aos músculos, ligamentos e tendões é evitar traumas: não permitir acesso à rua sem responsáveis a fim de evitar atropelamentos e brigas; passear com os animais apenas com guia nas ruas; proteger janelas e varandas altas para impedir quedas; não permitir que os animais brinquem ou tenham acesso a objetos cortantes; não deixar animais que brigam constantemente juntos; não promover brincadeiras bruscas, e impedir o acesso de cães e gatos a locais que contenham lataria, pregos e vidros.

Referências Bibliográficas

DENNY, H. R.; BUTTERWORTH, S. J. Cirurgia Ortopédica em Cães e Gatos. 2006. 4ed., São Paulo: Roca, 504p.

PAYNE, J.T.; TOMLINSON, J.L. Composition, structure, and function of muscle, tendon and ligament. In. Bojrab, M.J. Disease mechanisms in small animal surgery. 1993. 2 ed. Philadelphia. p.656-662.

PIERMATTEI, D.L.; FLO, G.L.;DECAMP, C.E. Ortopedia e Tratamento das Fraturas dos Pequenos Animais.2009. São Paulo: Manole. 896p.

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