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Tudo sobre: Sarna Sarcóptica

Introdução

Atualmente, as dermatopatias correspondem a aproximadamente 30% da rotina clínica veterinária, sendo a sarna sarcóptica ou escabiose canina uma afecção bem frequente. É uma doença altamente pruriginosa e contagiosa ocasionada pelo ácaro Sarcoptes scabiei variação canis. Este parasita é microscópico e tem como hábito escavar “túneis” na pele do hospedeiro, penetrando profundamente e ocasionando um dos sinais clínicos mais comuns: o espessamento da pele.

Acometem principalmente cães, mas ocasionalmente pode ser detectada em gatos, animais de grande porte (ovinos e caprinos) e até mesmo no ser humano. 

Não se tem relatos de predileção racial, sexual ou idade, mas nota-se uma incidência maior por animais de pelagem longa.

Transmissão

- Contato direito (animal com animal)

- Contato indireto (objetos ou locais contaminados) 

Manifestações clínicas

Os sinais clínicos podem variar de acordo com a imunidade do hospedeiro, mas frequentemente são caracterizadas por:

- Prurido intenso

- Eritema

- Escoriações

- Crostas por vezes hemorrágicas

- Hipotricose ou alopecia (incidência maior na ponta da orelha, região periocular, peribucal, axilas e abdômen)

- Erupções cutâneas

- Odor desagradável decorrente da produção exagerada de gordura na pele ocasionada pelo ácaro

- Seborreia oleosa

- Hiperqueratose

- Hiperpigmentação

Em seres humanos, raramente a contaminação ocorre, contudo, manifesta-se com erupções cutâneas pruriginosas em braços, tórax ou abdômen, geralmente de caráter transitório.

Diagnóstico

- Anamnese completa e detalhada dos animais e contactantes

- Raspado profundo de pele visando a visualização ao microscópio dos ácaros 

- Arrancamento de pelo e posterior tricograma

*A ausência do parasita neste exame não descarta a possibilidade da doença.

**Dermatoses parasitárias e alérgicas devem ser incluídas no diagnóstico diferencial.

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

O tratamento consiste, primariamente, no uso de banhos anti-seborréico para remoção das crostas, facilitando a absorção do acaricida tópico aplicado posteriormente. A terapêutica indicada é o uso de medicação acaricida associada, se necessário, a fármacos sintomáticos, tais como: remissão do prurido (que pode levar de quatro a seis semanas para desaparecer), banhos antissépticos quando a pele estiver muito contaminada e suplementos nutricionais. Recomenda-se ainda a tosa dos pelos a fim de minimizar a intensidade dos sinais clínicos. O tratamento deve ser mantido até o raspado de pele resultar em negatividade ou por mais de 30 dias.

A literatura cita que os tratamentos tópicos tendem a falhar na maioria dos casos devido à aplicação desuniforme e remissão rápida se em contato com outro animal contaminado. Já as medicações injetável e por via oral têm apresentado resultados superiores (lembrando-se sempre tomar cuidado e consultar um(a) médico(a) veterinário(a) a respeito do uso do acaricidas que não representem risco para a vida de determinadas raças, como Collies, Border Collies e Spitz Alemão).

O ambiente e contactantes devem ser sempre tratados concomitantemente com os produtos acaricidas a fim de impedir a disseminação da afecção.

As melhorias no aspecto do animal são visíveis em poucos dias, usualmente, em duas semanas a melhora já é notável. No entanto, em casos mais graves ou crônicos a infecção demora mais tempo para ser controlada, não pela ineficiência da medicação, mas pela dificuldade em reverter as alterações produzidas na pele do animal.

Prevenção

A prevenção consiste em cuidados sanitários ao manusear um animal infestado e ao adentrar no ambiente em que este vive, fazendo uso de itens de proteção individual, como luvas e roupa descartável.

É necessário realizar a limpeza ambiental com produtos acaricidas, não manter o animal infestado com outros animais e não permitir o compartilhamento de produtos de higiene ou de uso pessoal. Vale ressaltar que este parasita vive até 21 dias no ambiente, o que denota a importância do controle ambiental ser mantido por um período de tempo, mesmo após a remoção ou cura de um animal no local. 

A educação em saúde é base para a conscientização da população da gravidade da afecção no quesito transmissão e sua importância epidemiológica e zoonótica.

Referências Bibliográficas

ALMEIDA, Luiz Carlos; FURTADO, Gil Dutra; FARIAS, Leonardo Alves. Sarna Sarcóptica em cães: uma breve revisão. Environmental Smoke, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 117 - 121, 29 jun. 2019. DOI 10.32435/envsmoke.201922117-121. Disponível em: www.environmentalsmoke.com.br. Acesso em: 30 out. 2019.

BARROS, Fernanda de Cássia Pereira et al. A importância da sarna sarcóptica na medicina veterinária: Revisão. PUBVET Medicina Veterinária e Zootecnia, [S. l.], v. 13, n. 7, p. 1 - 5, 16 jul. 2019. DOI https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n7a376.1-5. Disponível em: https://portalpubvet.com.br/. Acesso em: 28 nov. 2019.

FERRARI, Maria Luiza de Oliveira Pinto; PRADO, Maysa de Oliveira; SPIGOLON, Zenilda; PICCININ, Adriana. Sarna Sarcóptica em Cães. Revista científica eletrônica de medicina veterinária, Garça/SP, n. 10, p. ., 22 jan. 2008. Disponível em: www.revista.inf.br. Acesso em: 17 out. 2019.

RONDELLI, Mariana Cristina Hoeppner; COSTA, Mirela Tinucci. Dermatologia: Escabiose Canina. In: CRIVELLENTI, Leandro Z.; CRIVELLENTI, Sofia Borin. Casos de Rotina em Medicina veterinária de pequenos animais. 2. ed. São Paulo: MedVet, 2015. cap. 3, p. 119 - 120.

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