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Tudo sobre: Sertolioma

Introdução

O sertolioma é um tumor testicular originado das células de Sertoli. Acomete principalmente animais idosos, com maior incidência naqueles que possuem testículo ectópico (em localização anormal). Nestes, a agressividade da neoplasia tende a ser maior do que em testículos escrotais.

Quando o animal nasce, os testículos encontram-se dentro da cavidade abdominal e dentro de 10 dias após o nascimento eles devem descer para a bolsa escrotal, quando isso não acontece, ocorre uma alteração conhecida como criptorquidismo, o qual pode ser unilateral ou bilateral. Além de resultar em esterilidade, quando bilateral, também é um fator predisponente para o desenvolvimento de neoplasias testiculares. 

As células de Sertoli são responsáveis pela produção de estrógeno*, por isso, tumores originados dessas células podem secretar este hormônio, levando ao desenvolvimento de hiperestrogenismo (aumento da concentração de estrógeno na circulação sanguínea). Quando isto ocorre, o animal passa a apresentar síndrome de feminilização, alterações dermatológicas e infecções secundárias. Quando em nível muito elevado, o estrógeno pode ser mielotóxico, desencadeando hipoplasia de medula óssea. 

Os exames de imagem irão auxiliar na localização do(s) testículo(s) ectópico(s) e identificação de possíveis anormalidades, podendo levar a suspeita de neoplasia e a presença ou não de metástase. Porém, o diagnóstico definitivo e a determinação do tipo tumoral dependerá de análise citológica/ histopatológica dos testículos.

O tratamento e a prevenção desta neoplasia consistem basicamente na castração do animal. O prognóstico para o animal que desenvolve hipoplasia de medula varia de reservado a desfavorável. Morte pode ocorrer como resultado de hemorragias e infecções secundárias.

* O estrógeno é um hormônio presente tanto em fêmeas quanto em machos, porém, quando em nível muito alto, resulta em feminização dos machos.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

-Aumento de volume escrotal ou inguinal

-Neoformação abdominal

-Alopecia bilateral simétrica

-Hiperpigmentação

-Ginecomastia

-Galactorreia

-Atrofia de pênis e testículos

-Perda de libido

-Aumento de volume escrotal

Observação: Animais com hipoplasia de medula podem apresentar anemia, equimose, hemorragia e outros sinais resultantes da pancitopenia (diminuição das três linhagens celulares da medula óssea - hemácias, leucócitos e plaquetas).

Diagnóstico

-Associação entre anamnese, histórico e exame clínico.

-Ultrassonografia abdominal, inguinal e testicular

-Radiografia abdominal e inguinal

-Dosagem de estrógeno

-PAAF (punção aspirativa por agulha fina)

-Histopatologia*

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

*A histopatologia, a partir da biópsia do tumor, após orquiectomia, é imprescindível para a confirmação do diagnóstico e definição do tipo tumoral. A punção de linfonodo e posterior avaliação histopatológica é recomendada para a pesquisa e determinação de possíveis pontos de metástase.

Tratamento

A orquiectomia bilateral* (remoção dos testículos ou castração) é o tratamento de eleição para esse tipo de neoplasia. Em casos de tumor mais invasivo e ocorrência de aderências ou necrose, pode ser necessário realizar a ablação (remoção) da bolsa escrotal. Quando a neoplasia for maligna, recomenda-se a realização de linfadenectomia regional (retirada cirúrgica de parte do sistema linfático), este procedimento tem o intuito de evitar a ocorrência de metástase.

Em casos de metástase, pode ser necessária a realização de quimioterapia.

Além disso, pode ser necessária a correção dos problemas decorrentes da hipoplasia de medula óssea, com o uso de estimulantes e transfusão sanguínea, e de infecções secundárias.

*Os testículos removidos devem ser encaminhados para avaliação histopatológica.

Prevenção

A castração é o principal método de prevenção, especialmente para os animais criptorquidas, pois estes apresentam maior predisposição de desenvolvimento da neoplasia.

Referências Bibliográficas

FARIA, B. M. et al. Sertolioma em um canino associado à criptorquidia. PUBVET. v.12, n.1, a16, p.1-4, Jan., 2018

HENRIQUE, F.V., Lordão F.N.F., Pessoa M. de A., Carneiro R. dos S.Tumor de células de sertoli e seminoma difuso em cão com criptorquidismo bilateral - Relato de caso. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, 38(3):217-221, 2016.

Júnior et al., Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal. v.10, n.1, p. 134 – 141, jan - mar., 2016.

MONTHEO, T. F. Teriogenologia. In: CRIVELLENTI, Leandro Z. CRIVELLENTI, Sofia B. (2 Ed.). Casos de Rotina em Medicina Veterinária de Pequenos Animais. 2 Ed. São Paulo-SP. Editora MedVet. 2015, cap 17. p 801-803.

PACHECO, A. O., BORGES, E. E. A. Hiperestrogenismo, alopecía y metaplasia escamosa de próstata asociados a un tumor de células de Sertoli en un perro. Rev Biomed 2000; 11:33-38.

VAENTE, P.C.L.G. et al. Bone marrow bi-hypoplasia in a dog with a sertoli cell tumor. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.69, n.1, p.95-100, 2017

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