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Tudo sobre: Síndrome Carcinóide

Introdução

A síndrome carcinóide é o conjunto de manifestações clínicas oriundas do excesso de substâncias químicas reguladoras (mediadores neuroendócrinos) na circulação sistêmica, produzidas e secretadas por tumores carcinóides. Estes são neoplasias malignas do sistema neuroendócrino, que crescem geralmente no intestino, mas podem produzir metástases pelo corpo todo, principalmente em fígado.

É considerada uma doença rara tanto em humanos como em animais e possui um crescimento lento. A sintomatologia clínica pode variar de acordo com a localização do tumor primário e a extensão/ propagação da doença. Ela é resultante da interação entre as substâncias secretadas pelos tumores e seus metabólitos na corrente sanguínea. Em humanos, há relatos de acometer o sistema digestório, respiratório, genitourinário, cardiovascular e a pele.

Não há muitos estudos que descrevem a síndrome carcinóide em pequenos animais. Mas até então, os tumores carcinóides parecem ter uma prevalência maior em animais de meia-idade a idosos, sem citações sobre predileção sexual ou por raça.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto) variam de acordo com a localização do tumor:

  • Tenesmo
  • Constipação
  • Êmese
  • Diarreia
  • Anorexia
  • Emagrecimento
  • Desidratação
  • Anemia
  • Hemorragia
  • Dor abdominal

*Fecaloma pode ocorrer secundariamente à obstrução intestinal causada pelo tumor

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

  • Radiografia abdominal
  • Tomografia computadorizada
  • Ressonância magnética
  • Hemograma completo
  • Urinálise simples
  • Análise de 5-hidroxiindolacético (urina)
  • Histopatológico com coloração de rotina
  • Histopatológico com coloração especial
  • Histopatológico com margem cirúrgica
  • Imunohistoquímica para Neoplasia (painel geral)
  • Ureia
  • Creatinina
  • ALT - TGP
  • Fosfatase Alcalina (F.A)
  • Proteína total
  • Albumina
  • Bilirrubina total
  • Sódio
  • Potássio
  • Cloro

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

A retirada do tumor geralmente é a primeira escolha terapêutica com objetivo tanto curativo quanto paliativo. Ou seja, mesmo em quadros metastáticos recomenda-se a retirada dos tumores presentes no intestino para prevenir obstruções, rupturas intestinais e hemorragias. Pode-se recomendar também o uso de medicações análogas da somatostatina (hormônio) que são eficazes no controle das manifestações clínicas da síndrome carcinóide, pois inibe a liberação de diferentes hormônios, além de controlar a secreção exócrina, a neurotransmissão e contração do músculo liso.

Nos casos graves, a conduta terapêutica pode variar de acordo com a necessidade do(a) paciente. Tumores em diferentes partes do fígado podem ser difíceis de serem extraídos, então o procedimento cirúrgico deverá ser adaptado para uma alternativa paliativa.

Prevenção

Como outros tumores que se desenvolvem com o avançar da idade, para os tumores carcinóides não há prevenção eficaz que impeça o desenvolvimento da doença. Porém, no decorrer da vida clínica do animal, o(a) tutor(a) deve ser orientado sobre a possibilidade de desenvolvimento de neoplasias, principalmente quando o paciente ficar mais velho.

É responsabilidade do(a) tutor(a) conhecer quais são os cuidados básicos para o bem-estar e saúde de seus animais. 

O acompanhamento periódico com um médico veterinário garante que seu animal esteja amparado, facilitando o diagnóstico precoce de diversas enfermidades. 

O(a) responsável deve estar atento a quaisquer mudanças comportamentais e físicas de seus animais e levá-los para check up semestral ou anual de acordo com a orientação veterinária. 

O diagnóstico precoce de uma boa parte das neoplasias é de suma importância para o sucesso do tratamento. A detecção da doença já nos primeiros sinais (ou anteriormente) possibilita a melhor efetividade das terapias, aumentando as taxas de sobrevida e diminuindo as alterações orgânicas advindas da doença. 

Referências Bibliográficas

EVERS, B. M. Síndrome carcinoide. Manual MSD - Versão Saúde para a Profissionais de Saúde. Merck Sharp & Dohme Corp., subsidiária da Merck & Co., Inc., Kenilworth, NJ, EUA. 2019. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/tumores-carcinoides/s%C3%ADndrome-carcinoide?query=Tumores%20carcinoides%20e%20s%C3%ADndrome%20carcinoide

NIWA, A. B. M.; NICO, M. M. S. Síndrome carcinóide-Relato de caso. Anais Brasileiros de Dermatologia, 83(6):549-553, 2008.

VIVES, P. S. Enterectomia no tratamento de carcinoide neuroendócrino obstrutivo em um cão: relato de caso. PUBVET v.13, n.9, a404, p.1-5, Set., 2019

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