{{ zipcode?.length ? zipcode : 'Informar CEP' }}

Escolha sua localização e confira as melhores condições para você.

As modalidades e tempo de entrega variam de acordo com a região.
{{address.label}}
{{address.displayZipcode}}, {{address.city}} - {{address.state}}

Ou verifique outro CEP

Tudo sobre: Síndrome de Sjögren

Introdução

A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença sistêmica de caráter inflamatório e crônico, com provável origem autoimune. Em humanos é amplamente descrita com distribuição mundial, mas em animais de companhia não é muito relatada. Assemelha-se à doença descrita nos seres humanos e casualmente pode estar vinculada a casos de ceratoconjuntivite seca e lúpus eritematoso sistêmico.

A origem autoimune ainda não está muito bem esclarecida, no entanto, presume-se uma falha genética que provoca uma super reação do sistema imunológico contra células do próprio organismo. Supõe-se que alguns fatores externos também contribuam para o aparecimento de doenças autoimunes, como infecções recorrentes por determinados microrganismos, exposição a substâncias químicas, deficiências nutricionais, falha no manejo e estresse. 

Essa síndrome atua na disfunção de glândulas exócrinas, principalmente as lacrimais e salivares, tendo como característica mais marcante a presença de “olhos secos” e “boca seca”, porém pode provocar alterações em pâncreas, glândulas sudoríparas, glândulas mucosas dos sistemas respiratório, digestório e urinário, além de lesões dermatológicas caracterizadas como esfoliativas irregulares.

Os leucócitos (glóbulos brancos) reconhecem as células das glândulas como “inimigas”, infiltram-nas e as destróem. Dessa forma, a glândula perde sua capacidade de produzir os líquidos lubrificantes importantes para o perfeito funcionamento dos tecidos.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

  • Xeroftalmia
  • Xerostomia

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames complementares.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

  • Teste de Schirmer
  • Biópsia

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

Infelizmente não há cura para esta doença autoimune. O objetivo do tratamento nestes casos é suprimir o sistema imunológico para que ele não ataque mais as células do organismo, diminuindo assim, as manifestações clínicas e suas possíveis consequências para o organismo. O uso de corticóides em doses elevadas pode ser recomendado pelo(a) médico(a) veterinário(a) clínico(a). 

Além disso, há o tratamento de suporte que atua especificamente em cada sinal clínico. No caso dos olhos secos pode-se usar colírios, pomadas e géis que ajudam na lubrificação, como substitutos da lágrima. Tutores de pacientes com pouca produção de saliva devem ter cuidado com a higiene oral, que deve ser rigorosa para a prevenção de infecções bucais.

Estimulantes na produção de lágrima e saliva podem ser indicados, bem como imunomoduladores. O(a) médico(a) veterinário(a) pode sugerir ainda uma mudança no manejo com alteração da dieta ou implementação de suplementação como forma de auxiliar a modulação do sistema imune.

É importante que o(a) tutor(a) siga corretamente as recomendações do(a) médico(a) veterinário(a) e não interrompa a medicação caso os sintomas minimizem ou desapareçam. O tratamento dura a vida toda e o acompanhamento com o profissional deve ser regular. 

Prevenção

Como é uma doença de origem provavelmente autoimune, não é possível preveni-la. No entanto, é responsabilidade do(a) tutor(a) estar ciente dos cuidados básicos para o bem-estar e saúde de seus animais. 

O(a) responsável deve estar atento a quaisquer mudanças comportamentais e físicas de seus animais e levá-los para check up semestral ou anual de acordo com a orientação veterinária. 

O diagnóstico precoce de uma boa parte das enfermidades é de suma importância para o sucesso do tratamento. A detecção de uma doença ou condição já nos primeiros sinais ou até anteriormente a eles possibilita a melhor efetividade das terapias, aumentando as taxas de sobrevida e diminuindo as alterações orgânicas secundárias.

Referências Bibliográficas

ASTRAUKAS, J. P.; CAMARGOS, A. S. Ceratoconjuntivite seca em cães - revisão de literatura. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Ano XI – Número 20 – Janeiro de 2013 – Periódicos Semestral

Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia. (Cadernos Técnicos da Escola de Veterinária da UFMG). N.29- 1999- Belo Horizonte, Fundação de Ensino e Pesquisa em Medicina Veterinária e Zootecnia, FEP MVZ Editora, 1999. Periodicidade irregular.

FELBERG, S.; DANTAS, P. E. C. Diagnóstico e tratamento da síndrome de Sjögren. Arq Bras Oftalmol. 2006;69(6):959-63

Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso
Já pensou em dar um plano de saúde ao seu melhor amigo?