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Tudo sobre: Síndrome Uveodermatológica

Introdução

A Síndrome Uveodermatológica é uma enfermidade autoimune que acomete os olhos e a pele de cães. É semelhante a uma síndrome em humanos chamada Vogt-Koyanagi-Harada caracterizada por distúrbios oculares, neurológicos, auditivos e dermatológicos. Sugere-se que a sua causa se dá por uma resposta exagerada do sistema imune (produção acentuada de anticorpos) contra melanócitos e proteínas formadoras de melanina do próprio animal. Isto é, as células de defesa do organismo reconhecem os melanócitos, que são as células responsáveis pela produção da melanina, cuja função é fornecer a pigmentação da pele, como antígenos (substâncias estranhas ao organismo) promovendo a destruição dessas células.

É uma síndrome incomum, cães de raça pura têm maior predisposição em manifestá-la, em especial os cães da raça Akita, cuja incidência é elevada e que foi primeiramente descrita. Por este motivo, estima-se uma possível relação da síndrome com fatores genéticos e hereditários, embora não se tenha identificação de genes ou proteínas imunogênicas associadas a esta raça específica. Também já foi relatada, com menor frequência, em cães das raças Husky Siberiano, Samoieda, Chow-Chow e Golden Retriever. Não há um consenso entre os pesquisadores sobre uma maior prevalência entre sexo ou faixas etárias.

Esse distúrbio pode representar um grande desafio para o(a) médico(a) veterinário(a), pois as manifestações clínicas podem ser parecidas com outras doenças dermatológicas, parasitológicas e autoimunes. Nestes casos, a associação do exame clínico aos exames complementares e dados epidemiológicos é essencial. 

Outro grande problema enfatizado pelos pesquisadores é o diagnóstico tardio. Como os sinais clínicos podem se manifestar inicialmente de maneira leve, os tutores tendem a demorar para buscar atendimento médico, e quando o diagnóstico é realizado, o quadro instalado já é crônico, com presença de lesões oculares acentuadas, sendo difícil a reversão.

Transmissão

- Hereditária

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

  • Alopecia
  • Prurido
  • Uveíte
  • Glaucoma
  • Despigmentação da pele (lábios, nariz, pálpebras, coxins)
  • Edema
  • Descolamento de retina
  • Cegueira
  • Eritema
  • Hiperemia
  • Ulceração de pele

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

  • Hemograma completo
  • Urinálise Simples
  • ALT- TGP
  • AST - TGO
  • Fosfatase alcalina (F.A.)
  • Pesquisa direta para sarnas e fungos (raspado de pele)
  • Leishmania chagasi (PCR)
  • Leishmaniose Canina – DPP + ELISA + RIFI com diluição total
  • Histopatológico com coloração de rotina
  • Histopatológico com coloração especial
  • Biópsia 

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

Por seu caráter autoimune, essa síndrome não possui cura. O objetivo do tratamento é aliviar as manifestações clínicas e retardar as complicações oculares que resultam na perda da visão. 

O protocolo terapêutico é baseado no uso tópico e sistêmico de corticóides em doses imunossupressoras, ciclosporinas, antimetabólitos e agentes alquilantes. É importante ressaltar que as lesões dermatológicas podem ser permanentes mesmo após a instituição do tratamento.

Prevenção

Não há prevenção específica contra o surgimento da Síndrome Uveodermatológica, mas recomenda-se que os tutores de cães da raça Akita, Husky Siberiano e Samoieda estejam atentos a possíveis manifestações clínicas que podem aparecer sutilmente, o que faz a busca por atendimento e diagnóstico ser tardia. 

Além disso, o(a) tutor(a), ao adquirir um animal de raça, deve sempre procurar criadores idôneos e canis registrados, onde seja possível conhecer a linhagem genética do filhote. O controle sobre doenças genéticas e hereditárias dos reprodutores do plantel e um cuidadoso pré-natal das matrizes pode diminuir as chances de ninhada com alguma doença. Uma vez que o animal é diagnosticado com qualquer síndrome de origem genética, não deve ser usado para reprodução e a castração é recomendada.

Referências Bibliográficas

FONSECA-ALVES, C. E. et al. Síndrome uveodermatológica canina: Revisão de Literatura. Rev. Ciên. Vet. Saúde Públ., v. 1, n. 2, p.125-134, 2014

RÊGO, M. S. A. et al. Síndrome uveodermatológica (Vogt-Koyanagi-Harada) em um canino da raça Akita - Relato de Caso. Anais da IX Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2009.

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