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Tudo sobre: Sopros cardíacos

Introdução

Sopros cardíacos são os sons ocasionados pela passagem do fluxo do sangue pelas estruturas do coração e as vibrações causadas por ele. Eles podem ser auscultados durante a consulta clínica e ser fisiológicos - funcionais -; ou patológicos - decorrentes de anomalias do coração. 

Os sopros podem ser classificados de acordo com sua localização (foco mitral, tricúspide, aórtico ou pulmonar) e intensidade com graus variando de um a seis. A presença isolada do sopro não é indicativa de doença cardíaca grave. Em muitos pacientes, pode ser somente um achado clínico sem maiores intercorrências. Por isso, o(a) clínico(a) deve avaliar com cuidado as áreas em que os sopros são mais audíveis para identificar a causa primária e associá-la às demais manifestações clínicas do paciente.

As causas de sopros cardíacos são diversas. As mais citadas na literatura são: endocardiose de mitral e tricúspide, miocardiopatias e insuficiência das valvas atrioventriculares e sigmóides; cardiopatias congênitas (estenose subaórtica, displasia de mitral e tricúspide, defeito de septo atrial, defeito de septo ventricular, estenose pulmonar, estenose aórtica, tetralogia de Fallot, persistência do ducto arterioso, estenose mitral e tricúspide); e ainda as demais causas como anemia, endocardite valvares, hipertireoidismo e dirofilariose. A grande maioria dessas doenças sem intervenção médica evoluem para Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC).

Podem ser achados em animais de qualquer raça, idade ou sexo, porém costuma ser prevalente em animais de pequeno porte, acima de cinco anos. É mais raro em gatos e em cães de grande porte - nestes animais está associada à cardiomiopatia dilatada.

Filhotes que apresentam sopros cardíacos devem ser monitorados quanto ao aparecimento de outros sinais clínicos, pois pode ser um indicativo de cardiopatia congênita e em alguns animais pode ser grave. 

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

  • Dispneia
  • Intolerância ao Exercício
  • Fraqueza
  • Desmaio
  • Desenvolvimento corporal retardado
  • Arritmia
  • Letargia
  • Tosse
  • Sopro Cardíaco
  • Cianose
  • Taquipneia

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.

Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:

  • Radiografia torácica
  • Eletrocardiografia
  • Ecocardiografia
  • Angiocardiografia
  • Hemograma Completo
  • Urinálise Simples
  • Ureia
  • Creatinina
  • ALT- TGP
  • Fosfatase Alcalina (F.A)
  • Proteína Total
  • Albumina
  • Bilirrubina Total
  • Sódio
  • Potássio
  • Cloro

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

O estabelecimento do tratamento dependerá do diagnóstico de qual tipo de cardiopatia o animal é acometido, seu estado geral e a gravidade dos sinais clínicos. 

O objetivo é evitar ou reduzir os sinais de insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Em alguns casos, a intervenção cirúrgica será necessária, em outros o uso betabloqueadores, digitálicos, diuréticos, antiarrítmicos, vasodilatadores e/ ou cardiotônicos pode ser indicado.

Prevenção

Não há uma prevenção específica, principalmente por se tratar de uma enfermidade potencialmente multifatorial. No entanto, como em alguns animais de raça podem ter origem congênita, recomenda-se ao(à) tutor(a) que ao adquirir um animal de raça sempre procure criadores idôneos e canis devidamente registrados, a fim de conhecer a linhagem genética do filhote. O controle sobre doenças genéticas e hereditárias dos reprodutores e um cuidadoso pré-natal pode diminuir as chances de ninhadas com doenças prévias. Quando um animal é diagnosticado com qualquer síndrome ou doença de origem genética, não deve ser usado para reprodução, por isso recomenda-se a castração nestes casos.

Tutores de animais de pequeno porte devem sempre buscar informações e estar conscientes que seus animais são naturalmente predispostos a inúmeras afecções congênitas e/ ou hereditárias, principalmente no coração. Tendo em vista isso, todo o manejo desses animais deve ser adaptado para suas necessidades fisiológicas, que deverá ser orientado pelo(a) médico(a) veterinário(a). 

Ao observar qualquer mudança de comportamento ou aparecimento de sinais clínicos em seu animal, o(a) tutor(a) deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. 

Referências Bibliográficas

ROCHA, R.C. et al. Sopro intermitente em cão: relato de caso. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 17, Ed. 266, Art. 1771, Setembro, 2014. 

VIDORETTI, A. K. G. et al. Estudo retrospectivo da incidência de sopro em cães no período de 2015 e 2016 do hospital veterinário do Centro Universitário Anhanguera campus Leme/SP. Anais do 17º Congresso Nacional de Iniciação Científica, SEMESP, 2017.

WARE, W. A. Distúrbios do Sistema Cardiovascular. In NELSON, R. W; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5ª Ed. São Paulo: Elsevier 2015. Pág. 1 a 217.

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