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Tudo sobre: Subinvolução dos sítios placentários

Introdução

O útero é revestido internamente por uma membrana mucosa chamada de endométrio, que recobre a parcela muscular uterina (miométrio), e tem seu desenvolvimento intimamente relacionado aos hormônios ali presentes e ao estágio reprodutivo em que o animal se encontra.

É no endométrio que o embrião inicialmente se fixa no útero e a partir do qual se formar a placenta (por onde o feto em desenvolvimento recebe sua nutrição), portanto, durante a gestação ocorre aumento da espessura do endométrio para a realização dessa função de “abraçar” o desenvolvimento embrionário. 

Logo após o parto, o endométrio começa a voltar para sua conformação usual, levando de quatro a seis semanas para se recompor e até 12 semanas para completar sua involução. Durante o período mais intenso do processo de involução (retorno à conformação normal), podem ser observados sangramentos vaginais que são considerados normais, mas que devem ser gradativamente reduzidos, cessando até o final da quarta semana após o parto. No entanto, quando sangramentos ainda ocorrem de modo prolongado, como em períodos a partir de 14 semanas após o parto, é considerado anormal e, dentre as enfermidades que podem ser responsáveis por esse sangramento, podemos incluir como suspeita a subinvolução dos sítios placentários, também chamada de SIPS.

Na SIPS, as células trofoblásticas, parte integrante da placenta, continuam a se desenvolver de modo anormal, invadindo o endométrio e se aprofundando inclusive através da camada muscular uterina. Não são bem estabelecidas as causas desse comportamento anormal das células, mas sabe-se que problemas nutricionais podem estar envolvidos, como alterações nos valores de cálcio e zinco durante a gestação. A obesidade também pode ser fator predisponente, além de partos prematuros.

A subinvolução dos sítios placentários pode ser autolimitante, ou seja, pode ocorrer a regressão espontânea quando o ciclo de fertilidade da cadela volta a ocorrer normalmente. Mas há casos em que a doença pode causar infecções bacterianas no útero, podendo evoluir para uma situação mais grave. Em casos em que não ocorre infecção, porém o sangramento é muito intenso, a hemorragia pode causar complicações de saúde para a cadela.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

- Descarga vulvar sanguínea permanente após um longo período do parto.

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, histórico do animal e exames laboratoriais. No exame físico, deve-se realizar a palpação da região uterina*. Exames complementares que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar/realizar:

- Vaginoscopia

- Citologia vaginal

- Cultura e antibiograma

- Radiografia abdominal

- Ultrassonografia abdominal

- Hemograma completo

*O espessamento dos sítios placentários pode não ser percebido à palpação, especialmente naqueles casos em que somente um local é afetado.

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a). 

Tratamento

O tratamento hormonal pode ser utilizado para cessar a hemorragia. Nos casos em que existe a infecção bacteriana deve ser realizado o tratamento com antibioticoterapia específica para o caso. 

Em alguns casos, o terapia hormonal pode não ser suficiente para que ocorra a involução uterina esperada, portanto, o(a) médico(a) veterinário(a) pode indicar a ovariohisterectomia (castração) como forma de tratamento do animal.

Prevenção

As causas da subinvolução dos sítios placentários não são bem estabelecidas, podendo ocorrer após gestações saudáveis e em animais bem cuidados. A castração das fêmeas é a forma de prevenção mais eficiente para a ocorrência de sangramentos e infecções uterinas, caso não seja um animal destinado à reprodução.

Referências Bibliográficas


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