Tudo sobre: Tetania Puerperal
Introdução
Também conhecida como Eclâmpsia ou Hipocalcemia puerperal, a tetania puerperal é uma doença de origem metabólica, multifatorial que resulta na redução do cálcio sérico (no sangue) em fêmeas no pós-parto. Pode resultar de problemas maternos, como perda de cálcio para o desenvolvimento esquelético dos fetos e para a produção de leite, má absorção do cálcio dietético e atrofia da glândula paratireoide provocada por alimentação ou suplementação inadequada. Problemas de origem genética podem facilitar o aparecimento desta enfermidade.
É relatada frequentemente em bovinos leiteiros de alta produção, porém cães e gatos também são susceptíveis. Acomete geralmente animais de pequeno porte – até 10Kg, primíparas (primeira gestação) e com grandes ninhadas. A fêmea apresenta-se saudável sob outros aspectos, os neonatos estão se desenvolvendo bem e, subitamente, os sinais clínicos aparecem entre a primeira e a terceira semanas do pós-parto, próximo ao pico de lactação, e podem evoluir rapidamente se o animal não for atendido urgentemente. Raramente acontece no estágio final da gestação em cadelas e gatas e pode facilitar a ocorrência de partos distócicos (anormalidade ou dificuldade de parir).
Transmissão
-Não se aplica
Manifestações clínicas
Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):
- Pirexia
- Convulsão
- Tetania
- Taquicardia
- Taquipneia
- Poliúria
- Polidipsia
- Êmese
- Sialorreia
- Mioclonia
- Hiporexia
- Excitação
- Opistótono
- Gemidos
- Midríase
Diagnóstico
Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais.
Exames que o(a) Médico(a) Veterinário(a) pode solicitar:
- Hemograma completo
- Eletrocardiografia
- Bioquímico - Cálcio
- Bioquímico - Cálcio Iônico
- Bioquímico - Fósforo
- Bioquímico - Magnésio
- Bioquímico -Glicose
- Bioquímico - Potássio
Observação: A realização e a definição da necessidade destes e de outros exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).
Tratamento
Como os sinais clínicos em uma fêmea em pós-parto são sugestivos e a evolução da doença é rápida - podendo levar o animal ao óbito sem uma intervenção efetiva -, o tratamento é, geralmente, iniciado antes ou sem a confirmação laboratorial.
O tratamento consiste na administração endovenosa lenta de solução com cálcio, realizada juntamente com monitoramento cardíaco para detecção de disritmias ou bradicardia durante o tratamento, pois o cálcio é cardiotóxico. Em caso de qualquer alteração cardíaca, a administração deve ser suspensa imediatamente e só retomada após estabilização dos parâmetros. A resposta ao tratamento é rápida e os sinais clínicos geralmente se resolvem com a infusão do cálcio.
Após a intervenção emergencial, os filhotes não devem mamar pelas 12 a 24 horas seguintes, e sucedâneo lácteo ou outra dieta apropriada deve ser fornecida. A fêmea deverá receber suplementação de cálcio oral durante todo o período restante da lactação. A dieta também deverá ser ajustada e oferecida à vontade ou pelo menos três vezes ao dia. O(a) tutor(a) deve seguir as recomendações veterinárias para a escolha da alimentação que deverá ser nutricionalmente completa e balanceada, própria para lactação.
Se o quadro de tetania recidivar, a lactação deve ser suspensa e os filhotes desmamados mediante orientação médica.
Prevenção
Como os sinais clínicos em uma fêmea em pós-parto são sugestivos e a evolução da doença é rápida - podendo levar o animal ao óbito sem uma intervenção efetiva -, o tratamento é, geralmente, iniciado antes ou sem a confirmação laboratorial.
O tratamento consiste na administração endovenosa lenta de solução com cálcio, realizada juntamente com monitoramento cardíaco para detecção de disritmias ou bradicardia durante o tratamento, pois o cálcio é cardiotóxico. Em caso de qualquer alteração cardíaca, a administração deve ser suspensa imediatamente e só retomada após estabilização dos parâmetros. A resposta ao tratamento é rápida e os sinais clínicos geralmente se resolvem com a infusão do cálcio.
Após a intervenção emergencial, os filhotes não devem mamar pelas 12 a 24 horas seguintes, e sucedâneo lácteo ou outra dieta apropriada deve ser fornecida. A fêmea deverá receber suplementação de cálcio oral durante todo o período restante da lactação. A dieta também deverá ser ajustada e oferecida à vontade ou pelo menos três vezes ao dia. O(a) tutor(a) deve seguir as recomendações veterinárias para a escolha da alimentação que deverá ser nutricionalmente completa e balanceada, própria para lactação.
Se o quadro de tetania recidivar, a lactação deve ser suspensa e os filhotes desmamados mediante orientação médica.
Referências bibliográficas
GONÇALVES, D. et al. Hipocalcemia puerperal em cão – relato de caso. Revista Eletrônica Biociências, Biotecnologia e Saúde, Curitiba, n. 15, maio-ago. 2016.
JOHNSON, C. A. Distúrbios do sistema reprodutivo. In: NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.