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Tudo sobre: Torção Esplênica

Introdução

O baço é um órgão linfóide localizado no quadrante esquerdo da cavidade abdominal que apresenta como uma de suas funções a defesa do organismo. A torção do baço ou torção esplênica ocorre mais frequentemente em associação à dilatação-volvo gástrica, sendo a torção esplênica isolada rara. Não se sabe ao certo a causa, porém há possibilidade de anomalias congênitas ou rompimento de ligamentos que fixam os órgãos no abdômen. Cães de grande porte são mais frequentemente relatados, possivelmente pelo tamanho da cavidade abdominal e a consequente maior movimentação dos órgãos. Não apresenta predileção quanto a idade ou raça.

Pode apresentar-se de maneira aguda ou crônica. Sendo a forma crônica de difícil diagnóstico, uma vez que os sinais clínicos aparecem de maneira intermitente e pouco específicos.

Quando há o fechamento total ou parcial do suprimento sanguíneo do baço, chama-se infarto esplênico. Neste quadro há a isquemia do parênquima e necrose do órgão. Acontece geralmente associado a outras enfermidades como: doenças hepáticas, renais, cardiovasculares e hormonais.

A demora na busca do atendimento e o diagnóstico correto pode resultar em necrose esplênica, sepse, peritonite e coagulação intravascular disseminada, prejudicando gravemente a saúde do paciente.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais clínico isolados ou em conjunto:

-Êmese

-Fraqueza

-Depressão

-Icterícia

-Hematúria

-Hemoglobinúria

-Dor abdominal

-Diarréia

-Aumento do pulso

-Taquipneia

-Palidez da mucosa

-Anorexia

-Perda de peso

-Pirexia

-Desidratação

- Cães com colapso cardiovascular e choque apresentam taquicardia, membranas mucosas pálidas e tempo de preenchimento capilar prolongado e/ou pulsação periférica fraca.

Diagnóstico

-Radiografia abdominal 

-Ultrassonografia

-Doppler colorido

-Eletrocardiograma

-Hemograma completo

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do Médico Veterinário. 

Tratamento

A torção esplênica necessita de atendimento emergencial e o tratamento de eleição é o cirúrgico, com a remoção do órgão. O momento mais indicado para o procedimento é influenciado pela condição do animal. 

Talvez seja necessário estabilizar o animal antes do procedimento, corrigindo as deficiências eletrolíticas e a desidratação. O clínico pode ainda indicar a transfusão sanguínea em animais com hematócrito (proporção de hemácias/eritrócitos em relação ao volume de sangue total) abaixo de 20%. Pode prescrever ainda o uso de antibioticoterapia devido a oclusão vascular (bloqueio do fluxo sanguíneo) e necrose que podem facilitar a proliferação de bactérias no baço. É importante realizar um eletrocardiograma para determinar se existem arritmias cardíacas estão presentes e se requerem tratamento antes da indução da anestesia ou durante a cirurgia. 

Prevenção

-Não se aplica

Referências Bibliográficas

FOSSUM, T; W.. Cirurgia de pequenos animais. 4° edição, p.1002-1007, 2014.

GOMES, Mariela Sousa. PUBVET; Medicina veterinária e zootecnia. Teresina, v.11, n.9, p.917-922, 2017.

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