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Tudo sobre: Tumores Hipofisários

Introdução

Tumores são o conjunto de células que crescem anormalmente em um tecido. A hipófise ou pituitária é considerada a glândula mais importante do organismo animal, pois é responsável pela secreção de hormônios que regulam a função das outras glândulas do corpo como a tireoide, paratireoide, adrenais, ovários e testículos. Além disso, é responsável pela produção de ocitocina e hormônio antidiurético.

Logo, qualquer alteração no funcionamento da hipófise pode gerar consequências no organismo todo. O tumor funcional da hipófise, secretor de ACTH (hormônio adrenocorticotrópico) é responsável por pelo menos 80% dos casos de hiperadrenocorticismo dependente de pituitária (HDP) em cães. 

Os tumores hipofisários podem ser classificados de acordo com sua localização e sua capacidade invasiva nos demais tecidos. Esses fatores também são determinantes para a manifestação clínica, que pode ser bastante diversa. O adenoma que afeta a porção chamada pars distalis é a alteração mais comum, seguido do adenoma da pars intermedia e por último carcinoma funcional da pituitária. Adenomas são tumores benignos (não invasivos), já os carcinomas são tumores malignos (invasivos). 

Aproximadamente 50% dos cães com HDP apresentam tumores hipofisários menores de 3mm. Os demais, especialmente aqueles sem sinais nervosos associados, possuem tumores com diâmetro entre 3mm e 10mm em sua maioria. Apenas 10% a 20% dos cães apresentam tumores maiores que 10mm de diâmetro, também chamados de macrotumores. Esses tumores têm potencial para comprimir ou invadir estruturas adjacentes e causar sinais neurológicos à medida que se expandem em direção ao hipotálamo e tálamo.

Não há estudos sobre predileção sexual, no entanto, tumores intracranianos parecem acometer em maior número animais mais velhos, a partir dos cinco anos de idade, com a média de nove anos.

Transmissão

-Não se aplica

Manifestações clínicas

Sinais inespecíficos (isolados ou em conjunto):

- Poliúria

- Polidipsia

- Alopecia

- Apatia

- Anorexia

- Emagrecimento

- Caquexia

- Convulsão

- Hipotermia

- Ataxia

- Dispneia

- Hiperqueratose

- Head Pressing

- Inapetência

- Taquicardia

- Bradicardia

- Fraqueza

- Letargia

- Distensão abdominal

- Cegueira

- Midríase

Diagnóstico

Associação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais. 

Exames que o médico veterinário pode solicitar:

- Ressonância Magnética

- Tomografia computadorizada

- ACTH

- Hemograma completo

- Urinálise simples

- Glicose

- Radiografia craniana (pouco sensível e específica)

- Necrópsia (exame post mortem)

- Relação Cortisol Urinário – Creatinina Urinária

- Imunohistoquímica para Neoplasia (painel geral)

- Histopatológico com Coloração de Rotina

- Histopatológico com coloração Especial 

Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).

Tratamento

A terapia será escolhida de acordo com o estado geral do animal, o tipo de tumor e a gravidade dos sinais clínicos. O(a) médico(a) veterinário(a) e o(a) tutor(a) devem estar bem alinhados e o último deve ser esclarecido sobre a evolução da doença, fisiopatologia e duração do tratamento. As opções clínicas e/ ou cirúrgicas devem ser discutidas em detalhes, inclusive os objetivos do(a) responsável e as possíveis complicações previsíveis. A radioterapia ou radiação com feixe externo é uma das opções quando existe um macroadenoma causador de sintomatologia nervosa, porém é um tratamento dispendioso e pouco acessível.

Prevenção

Como outros tumores que se desenvolvem com o avançar da idade, para os tumores hipofisários não há prevenção eficaz que impeça o desenvolvimento da doença. Porém, no decorrer da vida clínica do animal, o(a) tutor(a) deve ser orientado sobre a possibilidade de desenvolvimento de neoplasias, principalmente quando o paciente ficar mais velho.

O(a) responsável deve estar atento a quaisquer mudanças comportamentais e físicas de seus animais e levá-los para check up semestral ou anualmente de acordo com a orientação veterinária. 

O diagnóstico precoce de uma boa parte das neoplasias é de suma importância para o sucesso do tratamento. A detecção da doença já nos primeiros sinais possibilita a melhor efetividade das terapias, aumentando as taxas de sobrevida e diminuindo as alterações orgânicas advindas da doença.

Referências bibliográficas

BENEDITO, S. G. et al. Hiperadrenocorticismo Em Cães - Revisão de Literatura. Rev. Ciên. Vet. Saúde Públ., v. 4, n. 1, p. 127 - 138, 2017.

DINIZ, S. A. Neoplasias intracranianas em cães: uma abordagem diagnóstica. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Patologia Experimental e Comparada da faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2007.

PAULA, L. V. et al. Hiperadrenocorticismo canino: revisão de literatura. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.15 n.28; p. 2018

ZANG, L. et al. Narcolepsia sintomática em um cão com macroadenoma hipofisário. Acta Scientiae Veterinariae, 40(2): 1045. 2012

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