Todos os pets são importantes em suas famílias, e quando falamos dos cães-guia não é diferente. Esses animais ajudam deficientes visuais nas mais diversas tarefas do dia a dia, desde a socialização até a tão importante segurança. Por isso, nada mais justo que terem um dia em sua homenagem: o Dia Internacional do Cão-Guia.
Comemorado sempre na última quarta-feira de abril, a data visa lembrar a importância dos cães que exercem essa função e os seus treinadores. Apesar da notória relevância que o cão-guia tem no dia a dia dos deficientes visuais, são poucos os pets aptos a exercer essa função.
De acordo com dados da União Nacional de Usuários de Cães-Guia, atualmente o Brasil conta com apenas 200 pets qualificados para serem cão-guia. Esse número é bem inferior se comparado aos mais de 6,5 milhões de deficientes visuais presentes no País.
A formação de um cão-guia leva tempo e dinheiro. Além de, em média, dois anos para formar o pet, o custo do treinamento varia entre 60 a 80 mil reais, o que acaba dificultando a formação de mais cães.
Pensando nisso, a Petlove, juntamente com o Instituto Magnus – que é destaque na formação de cães-guia no Brasil -, está apadrinhando três filhotes de cães da raça Labrador, que serão treinados e doados para pessoas com deficiência visual.
Os três filhotes que se tornarão cães-guia já nasceram e têm até nome: Oscar, Benjamin e Serena. Os nomes foram escolhidos pelos seguidores da Petlove nas redes sociais. Agora, eles passarão pelo tempo de três meses na maternidade e após o período, vão para a casa de famílias socializadoras voluntárias.
“Durante um ano, o filhote passará por diversas situações e locais, para que ele possa conhecer desde a rotina de uma casa até a de uma avenida movimentada”, contou Thiago Pereira, gerente geral do Instituto Magnus.
Depois da socialização vem a fase mais difícil: o treinamento para a função. Essa etapa, que dura cerca de cinco meses, consiste em treinamentos para entender a rotina e funcionamento de obstáculos e locais que estão presentes no dia a dia das pessoas, como, por exemplo, a experiência de uma estação de metrô.
“Os treinamentos são bem intensos e, enquanto acontecem, especialistas traçam um perfil de cada cachorro, de modo que na hora de selecionar o tutor que ficará com ele, haja um match de personalidade entre ambos”, explica Thiago, que destaca a dificuldade do processo, e que apenas 52% dos cachorros treinados no Instituto Magnus conseguem finalizar a formação.
Após anos de trabalho, os cães-guia se aposentam, e, então, podem viver com seus tutores como pets de companhia.
Cada fase é importante para a difícil formação dos cães-guia, que como vimos, são tão essenciais para nossa sociedade. Portanto, nessa data, e em todas as outras, vamos celebrar e respeitar o glorioso trabalho do cão-guia e aqueles que o acompanham.
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