Além das pulgas, há uma doença que preocupa muitos pais de pets na chegada do verão: a leptospirose em cães. Infelizmente, essa é uma das zoonoses (doença que também é transmissível para humanos) mais comuns aqui no Brasil, principalmente em lugares onde há casos de enchentes.
O que é a leptospirose?
A leptospirose, além de transmissível para humanos, também atinge os animais das mais variadas espécies, sejam domésticos ou selvagens. Ela é causada por uma bactéria do gênero leptospira altamente infecciosa, capaz até mesmo de atingir tecidos intactos.
A leptospirose em cães é uma das doenças mais perigosas, capaz de causar problemas nos rins e fígado e, em muitos casos, é fatal. Inclusive, mesmo que o cachorro sobreviva, existe a possibilidade de haver sequelas que podem mudar a vida dele.
Como a leptospirose é transmitida?
Os pets são infectados pela água, alimento ou até mesmo carcaça de um animal infectado. O maior mantenedor da leptospirose no ambiente é o rato, uma vez que as bactérias se reproduzem de maneira muito rápida na espécie e são eliminadas na urina desses animais. Então, o local onde os roedores infectados urinam é contaminado e, posteriormente, a doença pode ser transmitida aos outros animais.
Por exemplo: uma fazenda onde há vários cachorros está sofrendo com uma infestação de ratos. Esses ratos, infectados pela leptospirose, urinam na ração deles. O resultado? Um surto da doença em todos os cães de maneira rápida. E mais: caso não seja diagnosticada, ainda há a possibilidade de ser transmitida para os humanos que moram no local.
Sintomas da leptospirose
Dentro do gênero leptospira, existem espécies que causam doenças graves e outras que não provocam problemas sérios. Por essa razão, é difícil identificar o tipo que acometeu um pet e os sinais podem variar bastante. Ainda assim, os mais comuns são:
- Febre
- Perda de apetite
- Desidratação
- Mucosas pálidas ou amareladas
- Diarreia
- Fraqueza
- Sangue na urina
- Dor
- Letargia
- Apatia
Como diagnosticar a leptospirose em cães?
Uma vez que os sintomas são muito parecidos com uma série de outras doenças, dificilmente o pai humano conseguirá diagnosticar a leptospirose. Por isso, é fundamental analisar o cenário para prever uma possível presença de roedores ou o contato com algum cachorro que tenha sido contaminado.
Ainda assim, sob qualquer um desses sintomas, o pai humano deve levar o cachorro a um médico veterinário de confiança para um diagnóstico preciso. Caso o pet esteja contaminado, o tratamento deve ser iniciado de acordo com a gravidade.
Leptospirose em cães: como prevenir?
A principal forma de evitar a leptospirose, especialmente no meio urbano, é realizando o controle de roedores, mantendo uma boa higiene e, claro, evitando o acúmulo de lixos e entulhos e contato com animais infectados.
Infelizmente, sabemos que no Brasil as enchentes fazem parte do dia a dia de muita gente. As águas das chuvas que percorrem as ruas costumam estar contaminadas com leptospirose e outras doenças. Então, o cuidado com os cachorros deve ser redobrado e é preciso evitar ao máximo que eles tenham contato com essa água, inclusive em poças, durante os passeios.
Por fim, existem vacinas para vários tipos de leptospira. Assim como a maioria das vacinas, elas não são 100% eficazes, mas cachorros imunizados têm infecções mais superficiais ao contrair a doença. Lembre-se de consultar um médico veterinário de confiança para saber qual a mais apropriada para o seu pet. E caso more em locais onde há certa frequência de enchentes ou que não possui saneamento básico adequado, a vacinação é ainda mais primordial, podendo ser indicado vacinar o pet contra leptospirose semestralmente (e não anualmente, como acontece em locais não endêmicos).
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